Consumidor confia, mas está mais cauteloso

O consumidor está mais confiante com os rumos da economia. Esta melhora, no entanto, se concentra na situação atual. Quando o consumidor avalia um horizonte de seis meses, a perspectiva é de cautela, segundo a pesquisa de Sondagem de Expectativas do Consumidor, da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

A parcela de entrevistados que acreditam na melhora da situação econômica do País durante os próximos seis meses caiu de 46,4% para 45,4% entre dezembro e janeiro. A dos que esperam piora aumentou de 10,4% para 11,4%.

Além disso, a disposição para adquirir bens de alto valor, por exemplo, como eletrodomésticos, computadores, carros ou imóveis continua fraca. Ou seja, apesar das boas notícias e da confiança, o consumidor ainda permanece cauteloso em relação a compras futuras.

Presente

Segundo a FGV, o conjunto de respostas relativas à situação presente é o mais favorável desde o início da pesquisa, em outubro de 2002. Para a fundação, o grau de confiança do consumidor alcançado indica haver expectativa de prosseguimento da atual fase de expansão econômica ao longo do primeiro semestre de 2005.

O percentual de consumidores que avalia a situação atual do País como melhor do que há seis meses passou de 20,7% para 24,7%. Já os que vêem deterioração no quadro econômico passaram de 18,2% para 15,3%. O saldo entre os dois extremos de resposta ficou em 9,4 pontos percentuais, o maior da série histórica. A pesquisa foi iniciada em outubro de 2002.

O otimismo se reflete também nos que consideram a situação econômica da família melhor do que há seis meses. O percentual dos que crêem em avanço neste período passou de 18,9% para 21,3%. O número de pessimistas sofreu redução: passou de 15,1% para 12%.

O número de pessoas com orçamento equilibrado também atingiu o maior patamar da série histórica. A parcela das famílias que estão com as contas em dia chegou a 63,55 do total. Os endividados somaram 23%, uma redução de 1,4 ponto percentual em relação à última sondagem. Os endividados representam 13,5% dos consumidores.

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