Consumidor acredita em crescimento maior

Rio (AE) – Mais da metade dos consumidores (54,3%) avalia que o crescimento econômico nos próximos anos será maior do que o atual. Este é o resultado de um quesito especial medido junto à sondagem das expectativas do consumidor, divulgada ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para 3,8% dos consumidores a economia crescerá muito mais, e para 50,5%, o crescimento será um pouco maior. Do total, 37,2% acreditam que o crescimento será igual e 8,5% apostam em queda no ritmo da economia. O levantamento abrange amostra de 2.000 domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 1.º a 22 de agosto.

Por categorias de renda, os mais ricos (com renda mensal acima de R$ 9,6 mil) são mais otimistas: 64,9% acreditam que o crescimento será maior. Dentre as pessoas de renda mais baixa, menos da metade (44,8%) acredita em crescimento maior do que o atual, no futuro. O coordenador da pesquisa, Aloísio Campelo, avalia que a diferença pode ser explicada pelo maior acesso à informação de pessoas com maior renda, que os permite ter mais dados para avaliar o futuro.

A avaliação do consumidor com relação à situação atual não está indo muito bem, apesar de ele ainda manter expectativas positivas quanto ao futuro, apontou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), formado por um indicador do momento atual e outro sobre expectativas, que cresceu 0,7%. O indicador que mede a situação atual caiu 2,9% sobre julho e chegou ao mais baixo nível desde setembro do ano passado, quando foi criado o ICC.

Segundo Campelo, a base 100 de setembro do ano passado já era ruim. Ele avalia que essa variação esteja sendo influenciada pelos problemas no cenário político e insatisfações com relação ao mercado de trabalho. ?O próprio crescimento da economia parece estar se dando de forma relativamente lenta para o consumidor?, afirmou. Já o indicador que mede as expectativas para o futuro cresceu 2,5% para 104,1 pontos, ligeiramente acima da base da pesquisa (100) em setembro. De forma geral, o ICC foi puxado pelas duas únicas avaliações positivas regionais, em São Paulo (2,1%) e Brasília (2,5%).

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