Promoção

Comércio já faz liquidações de estoques de verão

Depois das já famosas liquidações pós-Natal que inundaram lojas e shopping centers de Curitiba entre o final de dezembro e o início de janeiro, agora é a vez das promoções de final de verão. Buscando principalmente esgotar os estoques da coleção verão para começar logo a vender as coleções outono e inverno em março, o comércio aposta em descontos generosos, que duram de poucos dias a até algumas semanas. Os mais agressivos vêm sendo os shoppings: todos os principais centros de Curitiba e Região Metropolitana têm liquidações a maioria delas, inclusive, já termina hoje.

No Shopping Curitiba, a promoção 5 Dias de Loucura começou na quarta-feira (3) e vai até hoje. O estabelecimento informa que há uma tendência cada vez mais forte de valorização de liquidações pelos consumidores. Através da assessoria de imprensa do shopping, a gerente de Marketing Paola Noguchi interpreta que o comportamento mostra refinamento na atitude dos consumidores, que buscam não perder boas oportunidades de compras.

O outro shopping center do grupo BR Malls, o Estação, iniciou sua promoção na sexta-feira (5) e já termina o período de ofertas hoje. A promessa é de dar descontos de até 70% nos produtos e facilitar as formas de pagamento. A liquidação envolve nem só as áreas de vestuário, calçados, acessórios e perfumaria, mas também eletroeletrônicos e as lojas âncoras. Até mesmo os restaurantes da praça de alimentação estão oferecendo descontos. Também através de comunicado do shopping, a gerente de Marketing do estabelecimento, Prisciane Tramontini, aponta os turistas como potenciais consumidores nesse período.

No Park Shopping Barigüi, outro empreendimento de um grande grupo nacional a Multiplan , a promoção começou quinta-feira (4) e também dura até hoje. A liquidação faz parte de uma ação simultânea em todos os pontos do grupo no País, e os descontos prometidos são de até 70%. Ações com distribuição de prêmios, como convites de cinema, estão entre os atrativos a mais.

Os dois empreendimentos da Soifer Participações têm promoções, mas distintas. No Mueller, as ofertas começaram na quarta-feira e duram até hoje, com expectativa de aumento de vendas e maior movimento. Segundo a gerente de Marketing Katia Zucolotto informa através da assessoria de imprensa do shopping, mesmo sendo poucos dias de campanha, as promoções de fim de estação têm impacto similar às de datas comemorativas.

No outro shopping do grupo, o São José, uma das apostas para atrair clientes foi oferecer estacionamento gratuito. A liquidação, batizada de “Etiqueta Rasgada”, começou na sexta-feira (5) e termina hoje. A exemplo dos outros locais, as lojas do empreendimento estão oferecendo descontos de até 70%.

Nos shoppings administrados pelo Grupo Tacla as promoções também são distintas. O Palladium, por exemplo, é outro empreendimento onde a liquidação começou na quinta-feira e vai até hoje. A promessa é queima dos estoques nem só do verão, mas também do inverno do ano passado, e o desconto máximo também é de 70%.

Período

Já o Shopping Crystal é um dos poucos que fugiu do padrão. A promoção começa apenas amanhã e deve durar 20 dias, até o último dia do mês. De acordo com a gerente de Marketing Lylian Vargas, a opção foi tomada para que os calendários dos clientes, que estão voltando agora de férias, ficasse adequado ao dos lojistas, que precisam renovar os estoques até mar&cce,dil;o. O feriado de Carnaval, no meio da promoção, não vai atrapalhar, segundo ela. “Vai ser mais cômodo para todos”, diz. A gerente diz que o empreendimento espera 15 mil clientes durante o período, com as vendas aumentando em 9%, na comparação com a liquidação de verão do ano passado. “É uma expectativa bem pés no chão”, afirma.

No Shopping Total, a liquidação Dia da Loucura, que na verdade dura três dias, também termina hoje. O estabelecimento chegou até a ampliar os horários de atendimento no período. Esta semana, o Shopping Cidade também lançou sua promoção, que na verdade não é de descontos, mas de sorteios: durante o ano, três automóveis serão sorteados a clientes que fizerem compras de pelo menos R$ 30. O primeiro será no Dia das Mães.

Consumidor deve ficar atento para não confundir falsa oferta

A quantidade de descontos de até 70% taxa que se tornou quase padrão nas promoções dos shoppings de Curitiba chamou a atenção do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR). Para a entidade, é preciso que os consumidores fiquem atentos para não serem confundidos por falsas ofertas, e também não serem induzidos a comprar muito mais que o necessário.

O Corecon-PR disponibilizou, esta semana, dicas de dois economistas, Leonardo Deeke e Breno Lemos, para os clientes dos shoppings tirarem o máximo proveito das promoções, sem correr o risco de gastar demais. Para Deeke, é essencial planejar antes de ir às compras, para chegar às lojas com um orçamento definido. E a escolha do que comprar deve nem só obedecer ao orçamento. A regra indicada é escolher bens realmente necessários, e cuja oferta possa ser classificada como oportunidade.

Já Lemos recomenda cuidado com o que chama de “pseudopromoções”, e lembra que pesquisar os preços é indispensável. Uma busca na internet, segundo ele, pode ajudar bastante. Outra dica dele é em relação à forma de pagamento: pagar à vista vale a pena, desde que o desconto seja de pelo menos 10%. Se comprar parcelado, a sugestão é fugir dos juros, e preferir o parcelamento no cartão.

Lemos ainda afirma que as propagandas das promoções muitas vezes não são claras e confundem o consumidor. Algumas, inclusive, o induzem a comprar bem mais que o necessário. Deeke ressalta que é preciso atenção para as condições praticadas pelas lojas, que devem estar de acordo com as oferecidas nos anúncios.

Os economistas recomendam atenção em relação à qualidade dos produtos. Deeke lembra que, se achar que está sendo prejudicado, o consumidor procurar seus direitos. Lemos pede atenção a possíveis defeitos nas peças, além de cautela em relação a itens recondicionados ou cuja linha esteja sendo descontinuada. Para ele, tais fatores podem ser sinais ruins sobre a qualidade dos produtos.