A China vai lançar operações domésticas com opções de yuan contra outras moedas a partir de 1.º de abril, um movimento significativo que sinaliza a intenção de Pequim de tolerar um câmbio mais flexível e volátil e de internacionalizar a divisa chinesa.
O anúncio segue-se a uma série de medidas tomadas pelo governo da China nos últimos meses que pretendem dar às empresas mais instrumentos para detenção de moedas e expandir o uso do yuan fora do país tanto para comércio quanto para investimentos – passos que eventualmente podem transformar a moeda em uma grande divisa de reserva global.
Em um comunicado, a Administração Estatal de Câmbio Externo (Safe, na sigla em inglês) da China afirmou que vai inicialmente lançar operações de opções de yuan ao “estilo europeu” no mercado interbancário. As empresas poderão comprar dos bancos opções de compra ou venda, mas não poderão vendê-las a menos que estejam ajustando posições.
Em uma opção de câmbio, um comprador de opção tem o direito de comprar ou vender uma moeda a uma taxa específica em uma data futura. A exposição é limitada em tais operações porque o investidor não é obrigado a exercer a opção. Em uma opção ao “estilo europeu”, o investidor só pode exercer seus direitos quando o contrato expira, enquanto no “estilo americano” o investidor pode fazer isso antes ou quando o contrato expirar.
Em um comunicado separado, a Safe afirmou que a flexibilidade do yuan aumentou nos últimos anos e que “essa também será a tendência futura”.