Centrais cobram mínimo e correção no IR

São Paulo (AE) – Correção do salário mínimo para R$ 400, no próximo ano, e reajuste da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) em 13% são as reivindicações que as principais centrais sindicais do País apresentarão ao governo e ao Congresso Nacional durante os três dias da ?Segunda Marcha Nacional do Salário Mínimo?, a ser realizada em Brasília, entre os dias 28 e 30. A pauta final foi apresentada ontem, durante reunião de dirigentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Social Democracia Sindical (SDS), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT).

?O mais importante é estabelecer uma política de recuperação permanente do poder de compra do salário mínimo, que abarca a parcela das categorias com menor poder de fogo nas regiões mais pobres do País?, cobrou o presidente da CUT, João Felício.

?O salário mínimo de hoje (R$ 300) representa 1,35% do salário do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Nelson Jobim, que está em R$ 22 mil. Ao propormos um mínimo de R$ 400, queremos que a população brasileira passe a receber apenas 1,8% do que Jobim recebe?, argumentou. ?Não pedimos nada demais.?

Para obter as duas correções sem comprometer as contas públicas, os sindicalistas entendem que o governo poderia acelerar, via Banco Central, o processo de redução da Selic e que a equipe econômica diminua a meta de superávit primário, hoje em 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). ?Os recursos existem. O que falta é dar prioridade ao salário mínimo?, argumentou Felício.

A correção da tabela do IRPF também é outra exigência dos sindicalistas. Segundo Paulinho, da Força Sindical, a correção de 13% refere-se à inflação projetada para o ano, de 6% e a diferença que deixou de ser acrescentada no ano passado, em torno de 7%. ?O reajuste da tabela do IR é um compromisso assumido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e estamos certos que ele não deixará de cumprir?, estimou Paulinho.

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