Candidatos receberão propostas para logística e transporte

Na próxima semana será entregue aos candidatos ao governo paranaense o Plano Estadual de Logística e Transporte do Paraná (PELT). O estudo elenca investimentos na ordem de R$ 6 bilhões para obras e R$ 300 milhões para a conclusão de projetos que fortaleçam a economia do estado ampliando a capacidade de todas as modalidades de transporte.

O documento foi elaborado por representantes do Instituto de Engenharia do Paraná, do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e do Sindicato da Indústria da Construção Pesada (Sicepot). A Secretaria Estadual de Transportes participa de uma ação conjunta com todas as empresas para que os projetos sejam colocados em prática até o ano de 2020.

O estudo aborda, por exemplo, a duplicação de rodovias, inclusive nos trechos concessionados, e 15 intervenções rodoviárias como pontes e contornos. Trata ainda da nova pista do Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, e a ampliação dos aeroportos de Londrina e Maringá.

Para o porto de Paranaguá também é prevista uma intervenção. São solicitados investimentos em melhorias e ampliação, com foco na modernização do corredor de exportação do Porto com a instalação de “shiploaders”, novos sistemas de carregamento dos navios. Obras no Rio Paraná, no Rio Paranapanema/Tibagi e no Rio Ivaí também serão analisadas.

A parte ferroviária talvez seja o principal destaque do estudo. Foi sugerida a construção de 400 quilômetros de ferrovias para ligar Paranaguá a Guarapuava. Para que essa idéia seja implantada, é necessária a elaboração de um projeto de engenharia e outro ambiental.

“Grande parte da produção paranaense de grãos, fertilizantes e outros, que vão e vem do Porto de Paranaguá, poderá utilizar o novo trecho que será ligado com a Central do Paraná, dando acesso à Londrina e Maringá. Esse novo trecho formaria parte fundamental das ferrodovias do Paraná”, lembra o secretário de transportes Mário Stamm Júnior. O escoamento da safra utilizaria parte de um trecho administrado pela Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava.

A novidade é o conceito de exploração da linha férrea: ela estaria liberada a quem quisesse tracionar mediante o pagamento do “Tracking Right”, ou seja, o direito de uso, que funciona como um aluguel.

Outras cinco obras no modal ferroviário são sugeridas. Dentre elas estão estudos para a implantação de um trem de alta velocidade no trecho de Curitiba a São Paulo, já idealizado e apresentado pelo governo federal em outros estados.

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