Campanha do GPP mostra importância do campo

O Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) lançou ontem oficialmente a campanha ?Campo. A empresa que movimenta a cidade. O agricultor merece respeito?, em parceria com o Grupo Paulo Pimentel (GPP), que vai veicular as peças publicitárias da campanha em suas emissoras de televisão no Estado (TV Iguaçu, TV Cidade, TV Naipi e TV Tibagi) e nos jornais O Estado do Paraná e Tribuna do Paraná.

O Ocepar está promovendo esta campanha para sensibilizar os governos estadual e federal para o sofrimento do homem do campo com a crise na agricultura. O GPP vai veicular a campanha de maneira gratuita. O empresário Paulo Pimentel, ex-secretário da Agricultura e ex-governador do Estado, diz que há um desinteresse do poder público pelas atividades agrícolas, fundamentais para o País. ?Nós temos que ajudar, dar um pouco mais de volume na voz dos agricultores. Quem não reclama, dá impressão de que está tudo certo. Por isso firmamos essa parceria com o Ocepar, para apoiar e valorizar a agricultura?, comenta Pimentel.

De acordo com ele, a campanha vai conscientizar o restante da sociedade sobre a luta e as necessidades dos agricultores paranaenses. Pimentel recebeu ontem, durante o lançamento oficial da campanha, a Medalha de Honra do Cooperativismo, concedida também ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e aos ex-ministros Pratini de Moares e Aldo Rebelo.

Crise

Os agricultores passam por uma série de dificuldades depois das quebras das safras por causa da estiagem. Segundo o presidente do Ocepar, João Paulo Koslovski, a perda no Paraná chegou a 10,3 milhões de toneladas nas duas últimas safras. Além disso, o fortalecimento de 39% do real perante o dólar, no período entre janeiro de 2003 e dezembro de 2005, agravou a crise no campo.

Koslovski conta que os agricultores também tiveram de arcar com o aumento dos insumos no processo produtivo. ?Aumentou o custo de produção. Todos estes fatores significam diminuição da renda. Cem mil pessoas perderam seus empregos no agronegócio em 2005 no País. Falta valorização do trabalho do campo. Existe um desconhecimento da importância da agricultura na economia como um todo, que afeta outros setores também?, afirma.

A crise deixou os agricultores sem renda suficiente para hon-rar seus compromissos. Por isso, uma alternativa seria o alongamento das dívidas dos agricultores de maneira geral, em pelo menos 10 anos. ?Precisamos também de mais recursos para termos condições de amparar a comercialização da safra e o lançamento de uma política para a safra 2006/2007?, revela Koslovski. O presidente do Ocepar vai entregar um documento com as reivindicações dos agricultores ao ministro Roberto Rodrigues. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, recebeu ontem a mesma pauta de pedidos.

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