Caixa voltará a financiar imóveis com poupança

Campinas (AE) – A Caixa Econômica Federal voltará a oferecer, no próximo ano, recursos de poupança para financiamento de imóveis. O anúncio foi feito ontem pelo presidente da Caixa, Jorge Mattoso, na abertura do Feirão da Casa Própria em Campinas. ?Estamos prestes a voltar a ofertar e torcendo para que seja o mais rápido possível?, disse. O presidente da Caixa afirmou, entretanto, que ?pela primeira vez, em 2004 e 2005, tivemos mais recursos que demanda?. Ele fez um balanço dos três primeiros feirões, que ocorreram em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, e confirmou uma nova edição do evento ainda este ano em São Paulo.

Os três eventos atraíram quase 180 mil interessados em comprar casa própria, sendo 94 mil em São Paulo, 58 mil no Rio de Janeiro e 23 mil em Brasília, em números aproximados. Dois mil negócios foram fechados durante os feirões e outros 11 mil estão em andamento. Eles somarão cerca de R$ 1 bilhão. ?Foi um sucesso extraordinário?, disse Mattoso.

De acordo com o presidente da Caixa, dos R$ 10 bilhões disponibilizados este ano para financiamento de casa própria, R$ 5 bilhões foram comprometidos até setembro, em cerca de 223 mil imóveis, e a previsão é de que o restante seja até o final deste mês. No ano passado, a Caixa investiu R$ 6 bilhões em habitação. Acrescentando os negócios firmados nos primeiros dias deste mês, a marca de imóveis financiados pela Caixa atingiu 262 mil unidades.

Mattoso saudou o aumento da concorrência no setor com o investimento de empresas privadas. Lembrou que até poucos anos atrás, a Caixa era responsável por 90% dos financiamentos da casa própria no País. No ano passado, o setor privado investiu R$ 3 bilhões no setor e este ano deve investir R$ 5 bilhões. Nesse período, o mercado gerou 110 mil empregos formais na construção, alegou Mattoso. ?Esse investimento do setor privado é histórico. Acho que poderiam investir mais, mas é histórico de qualquer forma.?

Para fazer frente à concorrência, a Caixa remodelou seu sistema de financiamento desde julho, o que permitiu ao banco aprovar 89,7% dos créditos de pessoas físicas avaliados.

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