Cais Oeste discutido com operadores

O superintendente do Porto de Paranaguá, Eduardo Requião, se reuniu ontem com os operadores portuários que atuam com granéis sólidos. O objetivo foi discutir o projeto de construção do Cais Oeste, iniciativa que irá proporcionar o aumento do cais comercial em mais 820 metros, e de um novo corredor de exportação. O dirigente portuário anunciou que sua equipe técnica irá desenvolver, num prazo de 10 dias, o esboço para a instalação do corredor de exportação na área oeste da faixa portuária.

“Depois de quase dois anos de trabalho intenso, o Porto de Paranaguá será o primeiro do Brasil a receber o licenciamento ambiental, o que abre a possibilidade de colocar em prática seus projetos de crescimento”, informou. O estudo preliminar servirá de base para uma análise que será feita em conjunto com os operadores portuários. A realização do estudo foi sugerida depois que uma tentativa anterior, liderada pelos operadores portuários, não ter obtido o êxito quanto a apresentação de uma proposta técnico-operacional única.

A intenção do superintendente Eduardo Requião é fazer com que o Porto de Paranaguá obtenha maior agilidade nas suas operações. “Teremos maior espaço físico, mas contamos com a colaboração de todos para que atendam ao nosso chamado e programem navios com maior capacidade de tonelagem, evitando que pequenas embarcações tomem lugar dos navios maiores.”

“Pressão”

Durante a reunião, o superintendente disse ainda que cerca de 2 milhões de toneladas de grãos existentes no interior do Estado não servirão de mecanismo de pressão para desestabilizar a administração portuária neste final de ano.

“Não adianta segurar a carga no interior e depois enviar milhares de caminhões de uma só vez para o porto, alegando que não temos capacidade, estrutura ou logística adequadas. Temos objetivos diferentes daqueles apontados pelos privatistas. Queremos um porto seguro, ágil e público”, salientou Eduardo Requião.

A parceria entre o porto e a iniciativa privada foi apresentada pelo superintendente como um mecanismo importante no desenvolvimento do terminal, mas que não significa abertura para a privatização. “Prova de que buscamos o equilíbrio é nossa proposta de unirmos forças e construirmos uma estrutura no chamado km 5 área, pertencente à extinta Rede Ferroviária Federal , que acabamos de adquirir.” A área de 296 mil metros quadrados, acrescentou, se utilizada com eficiência, garantirá também a instalação de uma extensão da Bolsa de Chicago em Paranaguá.

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