Embora ainda estejam em greve, o movimento dos bancários perdeu força, ontem, em Curitiba, por conta de mais uma decisão judicial em favor dos bancos. Desta vez, segundo o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, quem conseguiu um interdito proibitório para abrir as agências foi o Itaú. Logo no início da paralisação – que completou uma semana ontem – o Bradesco também conseguiu na Justiça o direito de manter os funcionários trabalhando.
Por conta dessas medidas, o número de agências fechadas na capital caiu de 233 na última terça-feira, para 184, ontem. No total, há 369 agências em Curitiba. Ontem havia 11 centros administrativos em greve, um a menos do que no dia anterior.
Segundo informações do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os bancos HSBC, Santander e Citibank também já entraram com o mesmo pedido. A decisão sobre o HSBC deve sair hoje. Já com relação ao Itaú, o TRT não tinha informações.
A assessoria de imprensa do Itaú também não confirmou que o banco conseguiu o interdito proibitório. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não deu retorno à reportagem sobre o assunto.
Por conta das várias decisões judiciais em favor dos bancos, o sindicato resolveu fazer um ato, hoje, às 11 horas, em frente ao banco Bradesco da Avenida Marechal Deodoro, no centro de Curitiba.
O protesto é contra os interditos, os quais o sindicato considera que sejam um sinônimo de práticas anti-sindicais. Às 10 horas, uma rodada de negociação entre a Fenaban e os grevistas vai acontecer em São Paulo.
Os bancários reivindicam 13,23% de reajuste salarial -5% de aumento real e o restante de correção inflacionária -, aumento no vale-refeição de R$ 14,72 para R$ 17,50, e no piso salarial, de R$ 1.287,73 para R$ 2.074. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) já ofereceu 7,5% de reajuste salarial, o que significaria 0,3% de aumento real.