Brasil se beneficia com nova lei européia de energias renováveis

Bruxelas – O novo pacote de medidas para combater a mudança climática, aprovado hoje pela Comissão Européia e que promove o uso de energias renováveis, abrirá novas oportunidades de colaboração entre a Europa e o Brasil, segundo afirma a associação EuBrasil, empenhada no fortalecimento das relações entre União Européia e Brasil, cujo presidente honorário é o chanceler italiano, Massimo D’Alema.

"Hoje a Comissão Européia apresentou a proposta de diretiva sobre a promoção do uso das energias renováveis, em uma conjuntura na qual o debate em torno do tema dos biocombustíveis é particularmente aceso e capaz de colocar a atenção sobre alguns atores, entre eles um dos principais produtores mundiais de biocarburantes, o Brasil", afirma um comunicado oficial da associação.

"Na proposta, se confirmam os objetivos assumidos com determinação e cautela pela União Européia de atingir até 2020 a meta de 20% de energias renováveis no consumo energético e de 10% de biocombustíveis nos transportes. E, neste contexto, é interesse da Europa promover acordos bilaterais e multilaterais com países externos que possam se tornar fornecedores de novos combustíveis", continua a nota.

"A diretiva proposta pela Comissão Européia é um sinal claro da vontade de abrir novos espaços de cooperação e de diálogo, especialmente com países como o Brasil, que se diferenciam por produzirem biocombustíveis de qualidade para os mercados internacionais e por possuírem uma experiência de mais de 20 anos", conclui a nota.

A Comissão Européia, órgão executivo da União Européia (UE), aprovou nesta quarta-feira um pacote de medidas para combater a mudança climática que incluem planos para reduzir as emissões de CO2 e promover o uso das energias renováveis e dos biocombustíveis.

O pacote energético, apresentado pelo presidente da Comissão Européia (braço executivo da União Européia), José Manuel Durão Barroso, no Parlamento Europeu, inclui também o "roteiro" para o cumprimento das metas firmadas em março entre os estados-membros do bloco europeu.

Em 2007, os 27 países da UE decidiram reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa, principalmente o gás carbônico, em 20% (em relação a 1990) até 2020, e aumentar a cota de energias renováveis para 20% do consumo total, contra os atuais 8,5%.

As metas foram questionadas principalmente pela indústria, mas o Executivo europeu decidiu mantê-las.

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