O chanceler encontrou-se hoje no Itamaraty com o ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Didier Opertti, para tratarem do assunto. Segundo o chanceler Didier Opertti, em coletiva à imprensa, a escassez energética é uma conseqüência da crise argentina. “Era a Argentina quem fornecia energia ao Uruguai, mas devido à crise pela falta de chuvas, o fornecimento foi cortado”, afirmou o chanceler Didier Opertti.
O chanceler uruguaio ressaltou que o período de fornecimento de energia brasileira pode se estender de acordo com o volume de chuvas no mês de abril. Caso o volume de água na hidrelétrica uruguaia seja insuficiente, o governo do presidente Jorge Battle irá pedir nova ajuda ao Brasil.
Didier Opertti propôs um acordo de integração energética entre os países do Mercosul que serviria como mecanismo de segurança para casos emergenciais de falta de energia. “Há países que têm gás, petróleo e que, em alguns momentos, têm sobra de energia. Ela poderia ser usada por países que precisam”, explicou o uruguaio.
Argentina
O governo brasileiro também iniciou ontem, em caráter emergencial, a exportação de energia para a Argentina. O Ministério de Minas e Energia ainda acerta detalhes técnicos, mas a previsão de fornecimento ao país chega a 500 megawatts. Essa prática não é considerada uma “operação comercial”, de acordo com o ministério, mas uma “troca de energia”.