Bovespa fecha em baixa de 0,15%, ao lado de Nova York

A Bolsa de Valores de São Paulo operou em baixa nesta terça-feira (5) na esteira do movimento de realização de lucros dos mercados internacionais. Mas o Ibovespa, principal índice, fechou em queda apenas leve, ajudado pela alta das ações da Petrobras. No encerramento dos negócios, o Ibovespa cedia 0,15%, aos 53.162 pontos.

No pior momento do dia, o índice chegou a perder 1,07%, acompanhando a reação negativa de Wall Street à fala do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Ben Bernanke, que previu crescimento da economia norte-americana em ritmo moderado. As bolsas reagiram também à alta do indicador ISM do setor de serviços, que surpreendeu os analistas – cuja previsão era de índice estável.

Juntos, ISM e presidente do Fed tornaram menos provável um afrouxamento da política de juros do país, que liberaria recursos para aplicação em ações. Mas, segundo analistas, esta interpretação foi muito mais um pretexto para os investidores embolsarem lucros do que uma preocupação real.

Outro argumento para a queda do Ibovespa foi a alta das taxas de juros dos títulos do Tesouro dos EUA (Treasuries). Se o juro nos EUA continuar em alta, pode vir a estimular a migração de recursos de investidores estrangeiros aplicados em mercados emergentes para o porto seguro dos Treasuries.

Ainda assim, o recuo das ações foi pequeno em São Paulo, em especial se comparado ao das Bolsas de Nova York, onde o índice Dow Jones cedeu 0,59%. O que ajudou a segurar o Ibovespa foi a valorização das ações da Petrobras, principal empresa do mercado acionário brasileiro. A ação preferencial, que tem peso de 14% na composição da carteira do Ibovespa, registrou ganho de 0,65%. O papel ordinário subiu 0,93%.

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