Bovespa atrai R$ 4 bilhões e bate novo recorde

O principal índice da Bovespa fechou em alta de 0,79%, aos 16.421 pontos, o maior nível desde março de 2001, no terceiro dia seguido de ganhos. Com isso, acumulou uma valorização de 3,2% na semana, de 8,2% no mês e de 45,7% no ano. Ontem, pelo quinto pregão consecutivo, a Bolsa paulista movimentou mais de R$ 1 bilhão em um único dia. O mês de setembro já aponta uma média diária de cerca de R$ 1 bilhão em negócios. Isso não ocorre desde o início de 2000.

Por trás desse movimento, estão os investidores estrangeiros que reforçaram suas compras de ações. Eles estão de olho na decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre os juros (hoje em 22% ao ano), que será divulgada na próxima quarta-feira. O consenso é de um corte de, no mínimo, dois pontos percentuais.

Na próxima segunda-feira, a Bovespa vai anunciar oficialmente que bateu mais um recorde. O investimento estrangeiro superou R$ 4 bilhões no acumulado do ano, até o pregão do último dia 10.

Em agosto, a diferença entre as compras e vendas de ações pelos estrangeiros apontava um saldo positivo de R$ 3,449 bilhões no acumulado dos oito primeiros meses do ano, um recorde histórico. A entrada de capital nos dez primeiros dias de setembro superou R$ 550 milhões.

Dólar fecha em queda

O dólar caiu 0,41% e fechou vendido a R$ 2,903, acumulando uma queda de 0,10% na semana, de 2,55% no mês e de 18% no ano. As captações externas anunciadas e concluídas nos últimos dias motivaram a queda do dólar.

Anteontem, o governo brasileiro vendeu US$ 750 milhões em bônus no exterior. AmBev, CSN, Nossa Caixa, Odebrecht, Petrobras e Votorantim também captaram.

Na próxima semana, o dólar pode sofrer pressão devido ao vencimento de uma dívida cambial de US$ 1,4 bilhão na próxima quarta-feira.

O mercado vai tentar interferir na formação da Ptax (média do dólar medida pelo BC). A Ptax servirá de referência para a liquidação da parte da dívida cambial que não foi renovada. O BC rolou apenas 42,7% desta dívida.

Outro destaque da próxima semana será a reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) que definirá o juro (hoje em 22% ao ano).

Voltar ao topo