O mercado norte-americano de ações sofreu queda forte, em dia de intensificação dos temores sobre a qualidade do crédito e as perspectivas da economia dos EUA. O índice Dow Jones registrou sua maior baixa desde 27 de fevereiro, tanto em pontos como em termos porcentuais, mesmo tendo recuperado parte das perdas no fim da tarde (na mínima do dia, o Dow Jones chegou a cair 449 pontos, ou 3,26%).
As preocupações quanto à economia se intensificaram com o informe de que as vendas de imóveis residenciais novos nos EUA caíram 6,6% em junho, quando se previa um recuo de 1,6%. Os temores quanto à qualidade de crédito ganharam mais força com os informes de que os bancos estão se vendo obrigados a lançar perdas com operações com títulos hipotecários de segunda linha em seus balanços, por não conseguirem repassá-las a investidores. Além disso, o enxugamento da liquidez deverá reduzir os recursos disponíveis para financiar fusões e aquisições.
"As pessoas estão reavaliando seus próprios riscos e decidindo que o sentimento está negativo demais para correr o risco de perder os lucros que haviam sido acumulados ao longo do ano", comentou Doreen Mogavero, da Mogavero Lee. "Acho que estamos vendo uma série de fatores negativos alimentando um ao outro, e os gerentes estão tentando lidar com os riscos futuros", disse o estrategista Scott Fullman, da IA Englander.
Das 30 componentes do Dow Jones, 29 ações caíram (a exceção foi 3M, com alta de 0,48%, em reação a seu informe de resultados). O destaque negativo foi Alcoa (-7,11%). As ações das maiores construtoras de casas também caíram, em reação aos indicadores fracos do setor e a seus próprios informes de resultados.
O índice Dow Jones fechou em queda de 2,26%, em 13.473,57 pontos. A mínima foi em 13.335,30 pontos e a máxima em 13.783,45 pontos. O Nasdaq terminou o dia em baixa de 1,84%, em 2.599,34 pontos. O Standard & Poor’s-500 caiu 2,33%, para 1.482,66 pontos. O Nyse Composite recuou 2,78%, para 9.654,43 pontos. As informações são da Dow Jones.