Big Mac está mais caro no Brasil do que nos EUA

O tradicional Índice Big Mac, elaborado pela revista britânica The Economist, confirma uma série de tendências do mercado mundial de câmbio, entre elas a valorização do real ante o dólar. O indicador, que toma por base a teoria da Paridade do Poder de Compra, revela que, atualmente, um sanduíche Big Mac, do Mc Donald?s, é mais caro no Brasil do que nos Estados Unidos.

Pelos cálculos, o Big Mac brasileiro custa hoje US$ 3,61, ante US$ 3,41 do americano. Os números diferem bastante do levantamento divulgado em janeiro, no qual o Big Mac custava US$ 3,01 no Brasil e US$ 3,22 nos Estados Unidos. Do início do ano até ontem, o dólar perdeu mais de 10% de seu valor em relação ao real.

No entanto, pelos cálculos da Economist, a sobrevalorização da moeda brasileira ante a americana seria de apenas 6%. Para se ter uma idéia, o euro estaria 22% sobrevalorizado, o franco suíço, 53%, e o dólar neozelandês (o campeão de sobrevalorização na atual lista), 73%.

Na outra ponta da tabela, a moeda mais desvalorizada ante o dólar é o yuan chinês, com 58% (lá, o Big Mac custa US$ 1,45). Nos últimos anos, autoridades do mundo todo, em especial dos Estados Unidos, têm se queixado da política cambial de Pequim.

O Big Mac brasileiro é o mais caro da América Latina e o real, a moeda mais sobrevalorizada em relação ao dólar na região. O sanduíche custa atualmente o equivalente a US$ 2,67 na Argentina US$ 2,69 no México, US$ 2,97 no Chile, US$ 3 no Peru e US$ 3,45 na Venezuela.

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