Bernardo prevê investimento externo superior a US$ 35 bi este ano no país

Brasília – O ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (27) que o investimento estrangeiro direto (IED) no setor produtivo deve passar de US$ 35 bilhões neste ano. Segundo o ministro, as aplicações que se avolumaram porque o país vive "ambiente de estabilidade, com previsibilidade para o ambiente de negócios."

Ele disse que a estabilidade econômica do país, nos últimos anos, proporcionou mais credibilidade externa "em função das boas condições que estamos vivendo".

O ministro fez as afirmações durante o 1º Fórum sobre Instituições Federais de Ensino Superior, que termina amanhã (28) no Tribunal de Contas da União (TCU). Convidado para falar sobre política de investimentos nas entidades de ensino superior, preferiu abordar o ambiente de investimentos no plano geral. Na palestra, o ministro lembrou o compromisso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o segundo mandato, de "buscar um crescimento mais robusto e sustentável da economia".

Paulo Bernardo destacou que o país precisa crescer, mas lembrou que é necessário haver melhor distribuição de renda entre as regiões. Para isso, disse ele, o governo conta com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que, entretanto,   ainda não anda na velocidade desejada.

O ministro ressaltou, porém, que o Brasil vai encerrar 2007 com volume de investimentos bem acima da média dos últimos anos. "Vamos entrar em 2008 com possibilidade concreta de termos desempenho melhor que neste ano." Ele afirmou que, para tanto, conta com o apoio do Legislativo na aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), do Orçamento Geral da União (OGU) para o ano que vem e da proposta do Executivo que regulamenta a criação das fundações estatais de direito privado. De acordo com o ministro, tal instrumento dará mais agilidade à gestão de entidades oficiais, de diferentes áreas, que funcionam com pessoal contratado por fundações de apoio.

Ele destacou que tais contratações são irregulares, e há casos que se sustentam há mais de dez anos. O caso mais visível é o dos hospitais universitários, que têm cerca de 25 mil funcionários nessas condições, disse o ministro. Para ele, a adoção da fundação estatal de direito privado vai possibilitar a regularização de grande parte das contratações terceirizadas, embora "não seja elixir para tudo".

O ministro da Educação, Fernando Haddad, também participou do fórum. Haddad destacou, em sua palestra, o crescimento da consciência nacional sobre a importância crescente das universidades na vida do país e para o exercício da cidadania. Ele mencionou o desafio governamental de fazer com que o conhecimento científico das universidades transborde e produza
conhecimento de boa qualidade.

Haddad afirmou que o país vive momento de reestruturação e expansão da universidade pública, alavancada com a criação de 65 entidades de ensino superior em cidades de porte médio, espalhadas pelo país, que funcionam como pólos de desenvolvimento regional. Para o ministro, isso permite o crescimento das regiões a que servem tais universidades, com impacto também na melhoria do ensino de qualidade e fixação dos jovens na região de origem.

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