São Paulo
– O Banco Central (BC) encomendou à Casa da Moeda a fabricação de 160 milhões de moedas para suprir a falta de troco no comércio. O problema atinge principalmente as grandes capitais, como Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba. Segundo José dos Santos Barbosa, chefe do Departamento de Meio Circulante do BC, diante da demanda do mercado por moedas de menor valor, principalmente,de R$ 0,01 (um centavo) e R$ 0,05 (cinco centavos) a instituição já pediu maior empenho da Casa da Moeda na produção de moedas com esses valores.Barbosa disse que o BC também já reviu o pedido de moedas a serem produzidas esse ano, que passou de 690 milhões de unidades para 930 milhões. Segundo a instituição, quantidade superior a essa se produziu no lançamento do Real, em 1994, quando foram fabricadas 3,1 bilhões de unidades e em 1997, com um bilhão. Este ano, de janeiro até ontem, o número de moedas em circulação no país somava 7,9 bilhões de unidades, que passarão para cerca de 8,2 bilhões até dezembro.
Nos últimos seis meses, os lojistas da capital paulista reclamam do sumiço das moedas de menor valor.
– Tenho pedido aos clientes para que facilitem o troco, mas ainda assim, a situação está difícil e nem mesmo os bancos estão conseguindo nos abastecer – diz Carlos Alberto Vieira da Silva, gerente de uma das filiais da Armarinhos Fernando, na Rua Carlos de Souza Nazaré, no Centro. A rede, formada por três lojas, costuma receber mais de três mil pessoas por dia.
Somente a filial onde Silva trabalha registra cerca de 700 vendas por dia, mas as moedas chegam em pouca quantidade e logo desaparecem. O que tem ajudado, segundo o gerente, é que muitos clientes optam por fazer suas compras com cartão de débito ou de crédito.