BC: crédito cresce 1,4% em outubro

As operações de crédito do sistema financeiro cresceram 1,4% em outubro, na comparação com setembro, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). Com o resultado, o total dos empréstimos contratados nos bancos atingiu R$ 1,366 trilhão no último dia útil do mês passado. Na comparação com outubro de 2008, a carteira de crédito no País apresenta expansão de 15,3%.

Entre as várias operações de financiamento, a que apresentou a maior expansão no setor privado foi o crédito para habitação, que avançou 3,1% em outubro ante setembro, totalizando R$ 85,263 bilhões. Em 12 meses, essas operações acumulam crescimento de 42,5%. No setor público, o segmento que liderou a expansão foi o dos governos estaduais e municipais, cuja carteira cresceu 3,2% de setembro para outubro, somando R$ 22,413 bilhões. Em 12 meses, a expansão acumulada é de 34,3%.

Com o crescimento do crédito no mês passado, a participação dos empréstimos no Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 45,7% em setembro para 45,9% em outubro. O relatório do BC mostra ainda que, desde setembro, bancos públicos e privados nacionais têm a mesma participação na comparação com o PIB no mercado de crédito. Em setembro, cada um desses grupos respondia por parcela de 18,6% do PIB em operações de crédito. Em outubro, essa fatia passou para 18,7% do PIB nos dois casos.

Juros

A taxa média de juros no crédito livre subiu em outubro deste ano pela primeira vez desde novembro do ano passado. Dados apresentados hoje pelo BC mostram que o juro médio subiu de 35,3% em setembro para 35,6% no mês passado. Essa alta dos juros aconteceu tanto nos empréstimos para pessoas físicas quanto para empresas.

Nos financiamentos para as famílias, a taxa média passou de 43,6% para 44,2% e nos financiamentos para pessoas jurídicas, o custo médio subiu de 26,3% para 26,5%. Apesar da elevação das taxas, o BC informa que o spread bancário (diferença entre a taxa de captação e os juros de empréstimos) não sofreu alteração em outubro e seguiu, na média, em 26 pontos porcentuais. Nas operações para pessoas físicas, houve leve ajuste de 33,4 pontos para 33,5 pontos. Nas operações para empresas, o spread seguiu em 17,7 pontos.