Banco Social libera R$ 301 mil para microempresas

Desde o final de abril, quando iniciou as atividades em Curitiba, o Banco Social liberou recursos da ordem de R$ 301.993,00 para atender microempresários instalados nos bairros da cidade. O total é relativo a 145 contratos e representa uma média de R$ 2.042,00 por empréstimo.

A maior parte dos empreendedores beneficiados com financiamento do Banco Social opera no mercado informal e teria dificuldade para obter crédito na rede de bancos comerciais. É o caso, por exemplo, do marceneiro Antonio Thomaz, que usou os R$ 2 mil que emprestou do banco para comprar equipamentos e reabrir sua marcenaria, que estava fechada há mais de dois anos.

?Se não fosse este dinheiro, jamais poderia recomeçar minha vida?, diz Thomaz, que havia vendido as máquinas para comprar uma casa no bairro do Cajuru. Aos 52 anos, ele tentou trabalhar como empregado, mas não teve sucesso. Depois de ficar desempregado por um longo período, voltou à ativa há dois meses, quando montou, com o empréstimo, sua oficina de trabalho no mesmo terreno onde mora.

A comerciante Elisabete Bucko, dona de uma loja de roupas no Portão, conseguiu dar um impulso em seu negócio com um empréstimo do Banco Social. Há pouco mais de um mês, ela recebeu R$ 2 mil, recursos que utilizou na renovação do estoque. Anteriormente, ela havia tentado um financiamento em banco comercial e teve uma experiência desagradável. ?O banco analisou meu cadastro e disse que eu não tinha perfil para contratar empréstimo?, contou.

Alternativa ? Criado como uma alternativa de crédito barato e simplificado, o Banco Social tem oito postos de atendimento em Curitiba (sete nas Ruas da Cidadania) e é mantido com recursos da Agência de Fomento do Paraná. Ele oferece empréstimos que variam de R$ 300 a R$ 5 mil e tem uma clientela com perfil bem definido.

Em Curitiba, por exemplo, a maior parte das operações contratadas ficou sob responsabilidade de pessoas físicas (71,03% do total) e, por isso, 66,21% dos empréstimos concedidos a empresas são relativos a empreendedores que estão trabalhando no mercado informal. As mulheres representam 55,86% da clientela e só 17,24% dos clientes têm escolaridade superior (48,28% concluíram o ensino médio e outros 34,48% têm o ensino fundamental).

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