Cerca de 25 integrantes do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região Metropolitana realizaram ontem, durante a manhã, um protesto em frente ás agências dos bancos Bradesco e Itaú, localizadas na rua Monsenhor Celso com XV de Novembro, centro de Curitiba. Eles entregaram panfletos para informar a população sobre os problemas enfrentados pela categoria.
O Sindicato pede reajuste salarial de 13,39% para os bancários, referentes a índices inflacionários acumulados desde 31 de agosto do ano passado, resíduos de períodos anteriores e produtividade. “Os bancos estão tendo lucros imensos, mas não repassam os benefícios a seus funcionários”, afirma o diretor do Sindicato, Eustáquio Moreira dos Santos. “Devem ter consciência que só conseguem resultados positivos graças ao esforço de seus trabalhadores.”
Outras reivindicações são a garantia de emprego e o fim das terceirizações. “Os bancos demitem bastante e fazem com que os funcionários estejam sempre inseguros, principalmente os com mais de quarenta anos de idade: diferentemente dos jovens, eles não têm tantas chances de conseguir um novo emprego”, declara. “As terceirizações contribuem com esta situação. Além disso, fazem com que os trabalhadores tenham uma sub-remuneração e falta de condições dignas de trabalho.”
O Sindicato também quer que os bancos eliminem o assédio moral ao funcionários, que consistiria na na definição de metas astronômicas a serem atingidas. Como as metas são muito altas, os trabalhadores não conseguem conquistá-las e acabam se sentindo frustrados. Passam a ser vistos com discriminação e como incompetentes.
Enquanto as reivindicações não forem atendidas, as manifestações devem continuar a acontecer.