Bancários de doze agências no bairro Portão, em Curitiba, participaram ontem de uma mobilização nacional da categoria em represália ao posicionamento da Federação Nacional de Bancos (Fenaban), braço sindical da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Eles retardaram até 11h15 a abertura das agências. Somente o auto-atendimento ficou disponível durante a manhã.
Segundo a assessoria de imprensa do Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, a Fenaban não fez contra-propostas para as reivindicações apresentadas na Campanha Salarial da categoria, que teve início no mês passado.
Os bancários querem reajuste de 13,23% (sendo 5% de aumento real e o restante a reposição da inflação) e um aumento progressivo – em até três anos – do piso salarial para R$ 2.074,00.
Conforme o sindicato, a Fenaban também não aceitou os pedidos de maior segurança nas agências, fim das metas abusivas, ampliação da licença-maternidade e o Plano de Cargos e Salários.
Outro motivo da mobilização nacional é a proposição, por parte dos bancos, da redução em alguns direitos garantidos na Convenção Coletiva de Trabalho. São eles o auxílio-creche, a estabilidade pré-aposentadoria e o vale-transporte.
Os bancários aguardam para amanhã uma proposta da Fenaban. Depois disso, devem ser realizadas assembléias em todo o Brasil na quinta ou na sexta-feira para discutir o assunto. Enquanto isso, a categoria pode promover outras paralisações ou atos com caráter educativo.