Automotivo puxa queda na indústria de SP, RJ, PR e RS

As perdas da indústria automotiva em 2012 prejudicaram Estados produtores e explicam os principais impactos negativos sobre o total da indústria nacional, informou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os recuos em São Paulo (-3,9%), Rio de Janeiro (-5,6%), Paraná (-4,8%) e Rio Grande do Sul (-4,6%) foram todos puxados pela menor fabricação de veículos automotores no ano passado, notou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. As quatro regiões deram a maior contribuição para a queda de 2,7% da produção industrial em 2012.

“A atividade de veículos automotores foi a que mais pressionou o total nacional. As quatro regiões de maior impacto (sobre o total da indústria) têm na base de sua queda também o setor automotivo, com produção de caminhões, automóveis e autopeças”, afirmou Macedo.

A exceção foi Minas Gerais, com comportamento marcante também da indústria automobilística, onde a produção de automóveis fechou 2012 com crescimento, o que fez o Estado escapar do vermelho no ano passado. A indústria mineira teve alta de 1,4% em 2012, a principal contribuição positiva para a taxa nacional. “Em Minas Gerais, a produção de automóveis não caiu, fechou o ano no positivo”, ressaltou o gerente do IBGE.

Segundo Macedo, a estratégia das montadoras instaladas em cada região explica as diferenças e influencia muito no resultado final do Estado. “É muito da estratégia, do comportamento, de cada empresa de cada local”, afirmou. “Na produção de automóveis no Paraná se observa muito o comportamento negativo nos últimos meses ligado à empresa inserida nesse setor naquele local. No Paraná, há estratégia da empresa que produz lá de paralisar a produção para ampliar seu parque de produção. Então, isso afeta o resultado da produção industrial local”, explicou o gerente do IBGE.

Em Minas Gerais, onde há um informante para a produção de automóveis, a estratégia da empresa foi manter a fabricação de veículos no local, o que impulsionou a produção regional. “Pode ser estratégia de mercado de aumentar a produção de determinada marca”, disse Macedo.

Em 2012, houve pressão negativa da queda na produção de caminhões e automóveis em São Paulo, assim como no Rio de Janeiro. No Paraná, houve perdas na linha de produção de caminhões, caminhão-trator, autopeças e chassis de caminhões. No Rio Grande do Sul, houve impacto de reboques e automóveis.