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Após dois dias registrando alta, dólar volta a cair e fecha julho cotado a R$ 1,553

Após subir 2,15% nas duas sessões anteriores sob impacto das novas medidas relacionadas a derivativos cambiais, o dólar caiu hoje ante o real, replicando o comportamento externo da divisa. Desde cedo, o fraco PIB dos EUA no segundo trimestre ampliou o mal-estar nos mercados com o impasse sobre o aumento do teto da dívida norte-americana e os desdobramentos da crise da dívida de países da zona do euro.

O dólar comercial fechou a sexta-feira em baixa de 1,02% a R$ 1,553. Em julho, caiu 0,51% e no ano, o dólar acumula baixa de 6,67%. Na BM&F, o dólar à vista encerrou a sessão em baixa de 0,86%, a R$ 1,5515. O euro comercial caiu 0,53% hoje e fechou cotado a R$ 2,233. O euro acumulou queda de 1,41% no mês de julho e no ano registra alta de 1,04%.

O Banco Central fez dois leilões de compra de dólar no mercado à vista hoje, nos quais definiu as taxas de corte em R$ 1,5550 e R$ 1,5539.

No começo do dia, a agência de classificação de risco Moody´s colocou em revisão para possível rebaixamento os ratings da Espanha e também os ratings de algumas instituições financeiras do país, provocando o enfraquecimento do euro. Contudo, o pálido crescimento de 1,3% do PIB dos EUA, ante previsões de expansão de 1,8%, fez o dólar passar para queda.

Dúvidas sobre os problemas econômicos da Espanha também foram levantadas no mais recente relatório sobre o país feito pelo Fundo Monetário Internacional. Para o FMI, a Espanha tomou medidas decisivas, mas esforços ainda maiores são urgentemente necessários. “O cronograma de medidas continua desafiador e urgente – não pode haver pausas no ímpeto da reforma”, diz o Fundo.

No fim da manhã, o presidente dos EUA, Barack Obama, tentou animar os investidores dizendo que as conversas entre democratas e republicanos continuam no fim de semana e que é cada vez mais urgente a necessidade de evitar uma moratória, demonstrando interesse numa negociação bipartidária. Esta tarde, um assessor de um deputado republicano informou que a Câmara dos Representantes dos EUA vai votar por volta das 19h (de Brasília) sobre o plano do partido republicano para elevar o teto da dívida e diminuir o déficit orçamentário do país. O líder da maioria republicana na Câmara, Eric Cantor, disse que o partido possui votos suficientes para aprovar o projeto de lei. No Senado, no entanto, onde a maioria pertence aos democratas, o plano deve ser rejeitado.