Amorim pede paciência para fortalecer Mercosul

O chanceler brasileiro, Celso Amorim, repetiu ontem que se o Uruguai assinar um Tratado de Livre Comércio (TLC) com os Estados Unidos, terá que deixar o Mercosul. A declaração do ministro de Relações Exteriores do Brasil foi feita após reunião, pela manhã, mantida com o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, na residência oficial de Suárez, em Montevidéu. Ele disse que o Brasil é consciente de que o Mercosul não tem atendido as expectativas dos sócios menores e pediu Vázquez um voto de confiança, segundo informações da página web do jornal uruguaio El País.

A viagem de Amorim a Montevidéu faz parte de uma ofensiva diplomática para tentar atender as demandas dos sócios menores do Mercosul: Uruguai e Paraguai, que andam insatisfeitos com o bloco regional. Acompanhado por funcionários de vários ministérios, órgãos governamentais e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o chanceler brasileiro manterá ao longo do dia uma série de reuniões com o governo uruguaio. A viagem que Amorim faria a Assunção, Paraguai, amanhã, foi cancelada pelo Itamaraty, em nota distribuída ontem.

Durante a presidência pro tempore do Brasil no Mercosul, entre julho e dezembro próximos, o governo brasileiro pretende dar uma resposta prática às reclamações do Uruguai e do Paraguai de que o bloco regional não atende suas necessidades de desenvolvimento e crescimento. O próprio Amorim disse na semana passada, em Buenos Aires, que o Brasil deveria esforçar-se mais para ajudar o desenvolvimento do Paraguai e Uruguai. ?Temos que demonstrar que, num processo de integração, somos capazes de ajudar aos sócios menores?, disse o chanceler.

Voltar ao topo