A balança comercial poderá terminar este ano com um superávit de US$ 9,5 bilhões. Essa é a mais nova projeção para o saldo comercial, divulgada hoje (1) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Sérgio Amaral, ao anunciar que em setembro o superávit atingiu US$ 2,48 bilhões, o melhor resultado mensal da história do País. ?É o maior desde Pedro Álvares Cabral?, brincou Amaral, prevendo que em 2003 o saldo poderá ser de US$ 3 bilhões a US$ 5 bilhões maior que o deste ano, chegando a US$ 14,5 bilhões.
Amaral lembrou que, no início do ano, a estimativa oficial para 2002 era de um saldo positivo de US$ 5 bilhões. ?Fecharemos com quase o dobro?, afirmou. Segundo o ministro, o governo terá que continuar revendo a previsão de superávit da balança em função dos últimos bons resultados.
Na semana passada, o Banco Central (BC) estimou que o superávit da balança seria de US$ 9 bilhões em 2002, o que levaria o déficit em transações correntes (mercadorias e serviços) do balanço de pagamentos do País com o exterior a cair para US$ 14 bilhões. Na segunda-feira, o diretor de Política Econômica do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que essa previsão de déficit é conservadora e que provalmente o resultado ficará abaixo disso.
Para o ano que vem, a expectativa do Ministério do Desenvovimento é de que a balança comercial deve registrar saldos crescentes, com um melhor desempenho das exportações. Amaral observa, no entanto, que é difícil fazer uma previsão realista, uma vez que tudo vai depender do que o próximo governo fará nessa área. A previsão de aumento do superávit, segundo o ministro, leva em conta apenas dois fatores: a melhora da relação comercial com a Argentina e uma possível retomada do comércio mundial. É esperado também um aumento das importações, em função da reativação da economia brasileira.