Aluguel lidera ranking de pressões de alta do IPC

O valor médio dos aluguéis apresentou alta de 0,57% na primeira quadrissemana de janeiro na cidade de São Paulo, conforme levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) por meio do Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A variação positiva foi mais intensa que a verificada no final de dezembro, de 0,49%, e fez o aluguel liderar o ranking das maiores pressões de alta do indicador de inflação paulistana no início de 2011, com um impacto de 0,05 ponto porcentual na taxa geral de 0,61% registrada pelo IPC na primeira pesquisa do mês.

Em entrevista à Agência Estado, o coordenador do IPC, Antonio Evaldo Comune, avaliou que a alta do aluguel já é um exemplo de que a renovação dos contratos está sendo influenciada pela inflação mais forte do ano passado. “Já é reflexo do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)”, afirmou, referindo-se ao indicador de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que é usado como referência para os reajustes de contratos e que acumulou alta expressiva de 11,32% em 2010.

Outro item de grande peso no bolso do consumidor que ficou nas primeiras posições do ranking foi a tarifa de ônibus, com alta de 0,98% e contribuição de 0,04 ponto porcentual para o cálculo da inflação geral. Foi a primeira vez que o índice da Fipe captou os impactos do recente reajuste, de 11,11%, autorizado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), para as passagens de ônibus do município.

No lado oposto, o feijão liderou o ranking de contribuições de baixa para o IPC em São Paulo. Segundo a Fipe, o item recuou 19,01% na primeira quadrissemana de janeiro e representou um alívio de 0,10 ponto porcentual para a inflação.

Voltar ao topo