Alimento e transporte devem pressionar inflação em SP

Alimentação, Transportes e Educação deverão puxar para cima a inflação na capital paulista em janeiro, prevê o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Antonio Evaldo Comune. Ele projeta alta de 1,20% para o IPC como um todo este mês, e de 1,39% para Alimentação, 2,96% para Transportes e 5,94% para Educação, por causa do sazonal reajuste das mensalidades escolares. Para Habitação, Comune espera alta de 0,25%; para Despesas Pessoais, 0,71%; para Saúde, 0,25% e para Vestuário, 0,15%.

A estimativa de Comune para janeiro representaria forte aceleração em comparação com a alta de 0,54% apresentada pelo IPC em dezembro, a menor desde a de 0,53% do fechamento de setembro. “Eu imaginava que a carne bovina fosse desacelerar mais em dezembro”, comentou Comune. Seis itens ou subgrupos – frango, carnes bovinas, refeição fora de casa, álcool combustível, óleo de soja e café – responderam juntos por 40% de todo o IPC em dezembro. Com alta de 4,87% no mês, o álcool atingiu 67,49% do preço da gasolina. “Esse porcentual deve subir nos meses de janeiro e fevereiro”, disse o economista da Fipe.

Para o ano como um todo, Comune acredita que pode haver maior controle de preços monitorados do que em 2010, o que contribuiria para que sua previsão de IPC em 4,5%, “com viés de alta”, possa se concretizar. “Segurar não é a palavra, é administrar. A gasolina, por exemplo, é um preço que tem como administrar, e esse item tem forte peso no índice”, afirmou Comune, acrescentando que as tarifas de modo geral também podem ter reajustes baixos. “Em 2010, por causa das eleições, houve muito gasto e muitas concessões. Talvez neste ano seja mais fácil fazer política monetária”, acrescentou.

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