Na véspera de o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir a taxa básica de juros para os próximos 30 dias, o presidente em exercício, José Alencar, voltou a defender a redução da Selic hoje e ao longo do próximo ano. ?Os juros ainda vão ter de baixar muito?, disse Alencar, depois de participar da instalação do Fórum Governamental da Participação Social, no Palácio do Planalto. ?É claro que tem de haver juros compatíveis com os juros do mercado internacional e com as atividades produtivas. Isso é o óbvio ululante?, afirmou.
Segundo Alencar, a discussão sobre juros deveria ser ampliada. ?Era bom que os 180 milhões de brasileiros falassem (sobre juros), porque precisamos viver um novo tempo e para isso é preciso que as taxas sejam iguais às dos países competitivos?, afirmou.
Alencar voltou a ressaltar que não discute decisão do Copom. ?Eu não tenho nada a reparar. Temos de manter uma política fiscal muito conservadora e o País não pode ser perdulário?, admitiu.
Ele ressaltou que a situação do Brasil, hoje, é bem diferente da do ano passado. ?Ao final de 2002 o País estava ameaçado pelo recrudescimento da inflação. E isso não podia acontecer. Daí a razão pela qual o governo adotou medidas fiscais muito conservadoras, além de uma política monetária restritiva?, disse. Segundo ele, as medidas tomadas neste ano pelo governo na área econômica permitiram o controle da inflação.
Alencar afirmou que pelos números apresentados pelos ministros da área econômica, o País está enxergando um novo tempo em que poderá haver mais investimentos, especialmente no campo externo. ?Não podemos de forma alguma deixar de gerar oportunidades de trabalho, melhorar a distribuição da renda nacional e a inclusão social.?