Acordo não sai e a greve continua

Os trabalhadores do lado brasileiro da Usina Nacional de Itaipu, em greve desde a última sexta-feira, rejeitaram ontem uma contra-proposta da diretoria da empresa apresentada em reunião na noite de segunda-feira em Foz do Iguaçu e mantiveram a paralisação. A sugestão da empresa mantinha a proposta inicial, de um salário adicional com um piso mínimo de R$ 3 mil mais o pagamento de uma parcela baseada na média de 0,3% dos salários, que seria dividida igualmente entre todos os funcionários, resultando em R$ 1.860 para cada trabalhador até janeiro de 2006.

A assembléia dos trabalhadores votou pela rejeição dessa proposta, mas por uma votação muito apertada. Segundo a empresa, isso mostra uma rachadura na base dos sindicatos e um indicativo do fim da paralisação: 400 funcionários votaram contra e 388 a favor. Como a sugestão chegou muito perto de ser aprovada, os sindicatos pediram que a audiência solicitada pela usina no Tribunal Regional do Trabalho marcada para ontem fosse adiada, para que a categoria pudesse chegar a um acordo. A empresa concordou em adiar a audiência como sinal de boa vontade.

Segundo a assessoria de imprensa de Itaipu, esse valor é o máximo que a empresa pode chegar. No final da tarde de ontem iniciou-se mais uma reunião entre a direção e grevistas para rediscutir a proposta, que seria votada hoje pela manhã durante uma nova assembléia, terminando assim a paralisação. Segundo o Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu, se Itaipu tivesse concordado em pagar a parcela de 0,3% imediatamente, a greve teria acabado. A empresa diz que não tem condições para tanto e já admite até negociar com quem concordar com a proposta e buscar o fim da greve na Justiça.

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