Economia mundial vai crescer forte em 2007, diz FMI

A economia mundial tem mostrado que é resistente a crises e turbulências e vai continuar a crescer forte em 2007, disse o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rodrigo de Rato. Contudo, a inflação vai continuar a ser uma preocupação importante que poderá retardar o crescimento e os bancos centrais terão de combatê-la, disse de Rato, durante uma conferência em Calgary, no Canadá.

"A economia mundial está crescendo forte e as perspectivas de crescimento são animadoras", disse Rato. Em particular, a Índia e a China são "os motores do crescimento", enquanto o recente desempenho da África subsaariana também tem sido animador, disse o diretor-gerente do FMI

Com relação aos EUA, maior economia do mundo, uma desaceleração em seu mercado de imóveis residenciais está "moderando" seu desempenho, disse. Além disso, o desequilíbrio comercial dos EUA em relação ao restante do mundo é um problema contínuo que precisa ser resolvido, acrescentou Rato.

"O desequilíbrio dos EUA não é sustentável. A América não pode dar suporte a demanda do resto do mundo indefinidamente", disse de Rato, acrescentando que esse desequilíbrio, em que os EUA compram mais bens do resto do mundo do que fornece, cria desequilíbrios adicionais através da economia global

Rato disse também que o mundo deve se acostumar com preços de commodities mais elevados que os que temos visto, particularmente nos mercados de petróleo e gás natural. "Os preços elevados do petróleo estão aí para ficar", disse.

O diretor-gerente do FMI disse ainda que há uma clara necessidade do Fundo reequilibrar suas fronteiras com o objetivo de "manter uma organização eficaz e crível". Em seu encontro anual em Cingapura no dia 19 de setembro, a diretoria executiva do FMI vai apresentar uma resolução que aumenta modestamente o poder de voto da China, Coréia do Sul, México e Turquia, imediatamente.

A mudança é o estágio inicial para uma iniciativa mais ampla com objetivo de revisar as prioridades do FMI e dar aos países emergentes de elevado crescimento, especialmente da Ásia, uma voz mais forte sobre suas operações.

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