Duda Mendonça nega ter participado de esquema do ‘mensalão’

Salvador (AE) – O publicitário Duda Mendonça negou hoje, em Salvador, ter participado do esquema do "mensalão". Duda Mendonça, sócio da agência de publicidade DM9, que teria recebido um repasse de R$ 15,5 milhões das empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, afirmou que está incomodado com a ligação do nome dele como um dos beneficiários do esquema.

Ele compareceu hoje à Polícia Federal (PF), acompanhado da publicitária Zilmar Fernandes da Silveira, onde se pôs à disposição para esclarecimentos sobre o "mensalão".

O depoimento, contudo, não foi tomado, pois, ao ligar para a PF em Brasília, o superintendente regional da Bahia, Paulo Fernando Bezerra, informou-se que os nomes de Duda Mendonça e de Zilmar não constavam da relação dos indiciados no inquérito sobre o "mensalão". "Ele (Duda Mendonça) não foi intimado pela superintendência da Bahia porque, até o momento, não recebemos qualquer documento nesse sentido, seja uma carta precatória ou um pedido de localização", disse Bezerra, afirmando desconhecer se o publicitário é procurado pela polícia em outros Estados. "Certo é que, se houver a necessidade de intimá-lo através do órgão na Bahia, temos o endereço e condições de desencadear a diligência no momento da ocorrência", afirmou.

Para não deixar dúvidas que querem colaborar, os publicitários preencheram requerimentos comunicando o endereço deles e do advogado, onde podem ser intimados para depor. Na conversa de cerca de 20 minutos que manteve com o superintendente regional da PF na Bahia, Duda Mendonça disse, informalmente, que não tinha nada a ver com "as irregularidades que estão noticiando" sobre ele", reproduziu Bezera. O superintendente regional da PF disse que não saberia o que perguntar ao publicitário porque desconhece os detalhes da investigação tocada pela corporação na capital federal.

Em outubro, Duda Mendonça foi preso numa rinha de galos de briga, no Rio, pelos agentes da Delegacia do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da PF. Após esse episódio, "coincidentemente", a delegacia foi quase que desmontada, com o afastamento dos delegados Lorenzo Pompílio da Hora e Antonio Carlos Rayol, além dos agentes Luiz Amado e Marcelo Guimarães. Todos atuaram no caso da prisão e indiciamento do publicitário.

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