Domingo é dia de ‘superclássico’ nas oitavas de final da Copa do Mundo

Paul Ellis/AFP

Este domingo será o dia do “superclássico” nas oitavas de final da Copa do Mundo: Bloemfontein recebe Alemanha x Inglaterra e, mais tarde, em Johannesburgo, Argentina e México se enfrentam em clima de revanche.

Os vencedores desses dois jogos se encontrarão no próximo sábado, na Cidade do Cabo, por uma vaga nas semifinais, no que com toda a certeza será outro jogo emocionante, principalmente se a Argentina, de Diego Maradona, passar.

O confronto mais interessante nessas oitavas certamente é a briga por uma vaga nas quartas entre os veteranos ingleses e os novatos alemães. A partir das 11h, um mesmo campo terá John Terry, Frank Lampard e Steven Gerard de um lado; e Mesut Özil e Thomas Müller de outro.

Na Inglaterra de Fabio Capello o que mais se quer saber é se Wayne Ronney finalmente vai desencantar, depois de ficar muito discreto na primeira fase e despertar uma série de críticas da imprensa inglesa, que cobra o fim do jejum de gols da grande estrela do Manchester United.

Na primeira fase, o English Team empatou com Estados Unidos (1-1) e Argélia (0-0) e venceu a Eslovênia (1-0). Alemanha derrotou Austrália (4-0) e Gana (1-0), mas caiu diante da Sérvia (1-0).

O inglês Gary Lineker costumava dizer que “no futebol jogam 11 conta 11 e no fim a Alemanha sempre ganha”, para descrever o poderio da tricampeã mundial, que para esta partida certamente vai sentir falta da experiência do capitão Michael Ballack, fora da Copa por lesão.

No entanto, Joachim Löw trocou a filosofia de jogo tipicamente alemã, apoiada no goleador Özil, que só sabe por ouvido as histórias do gol fantasma de Wembley e do título que a Inglaterra conquistou em casa em 1966 com um 4-2 na prorrogação.

“Nosso próximo adversário? Não nos interessa. Não temos medo de ninguém”, disse Ozil, o novo Messi alemão.

Mas a Alemanha tem problemas no meio-campo, já que Bastian Schweinsteiger e Jérôme Boateng são dúvida, enquanto Cacau sofreu uma lesão muscular e é baixa.

“Se conseguirmos fazer o que Capello pedir, será difícil nos derrotar, como foi o caso do jogo contra a Eslovênia”, afirmou o capitão inglês Steven Gerrard, um dos homens que o técnico Joachim Löw mais teme em campo. “A Inglaterra era e continua sendo uma das minhas favoritas”, admite o alemão.

Esse superclássico Mundial já aconteceu 27 vezes, segundo a Fifa, com 12 vitórias inglesas, dez alemãs e cinco empates. A Inglaterra já foi a 13 Copas e conquistou uma. A Alemanha, tricampeã, já disputou 17.

No Soccer City, em Johannesburgo, a partir das 15h30, Argentina e México prometem um futebol aberto, ofensivo e em clima de revanche, já que se encontraram em igual fase na Alemanha de 2006, com vitória de 2-1 dos argentinos na prorrogação.

O técnico argentino, Diego Maradona, voltará a pôr o capitão Javier Mascherano e o atacante Gonzalo Higuaín, mas ensaiou uma mudança no meio com a entrada de Maxi Rodríguez no lugar de Juan Verón.

Maxi foi o algoz do México em solo alemão, ao fazer um gol de fora da área em cima do laço. “É uma lembrança muito linda, mas ficou para trás. Agora é outra equipe, de bom futebol. Tomara que eu tenha a oportunidade de jogar”, afirma o volante do Liverpool.

Na concentração da seleção mexicana, o técnico Javier Aguirre estuda se põe de novo na ofensiva Carlos Velo ou opta por Pablo Barrera, ou se mantém Guillermo Franco ou põe Javier Hernández desde o começo.

Rafael Márquez, autor do gol mexicano naquele jogo em solo alemão, disse que o segredo para parar a Argentina é jogar “agrupado e concentrado”.

“Conheço Messi bem e na verdade é muito difícil pará-lo, mas vamos tentar não dar espaço para ele”, disse Márquez.

Na fase de grupos, os argentinos ganharam as três partidas: Nigéria (1-0), Coreia do Sul (4-1) e Grécia (2-0). O México empatou em 1-1 com a África do Sul, fez 2-0 na França e levou 1-0 do Uruguai.