O doleiro Antônio Oliveira Claramunt o "Toninho da Barcelona", afirmou aos parlamentares presentes à sessão conjunta das três CPIs do Congresso que empresas de ônibus de Santo André, no Grande ABC (SP), faziam transferências de dólares para o exterior por meio de um doleiro conhecido como "Ernesto".
Segundo "Toninho da Barcelona", em alguns casos os dólares eram comprados com cédulas de reais de valores baixos – notas de 5 reais -, o que comprovaria, segundo o ele, que se tratava de recursos procedentes de empresas de ônibus.
De acordo com denúncias freqüentes feitas às autoridades policiais que investigam o assassinato, ocorrido em janeiro de 2002, do então prefeito Celso Daniel, teria havido um esquema de pagamento de companhias de ônibus da cidade para integrantes da prefeitura que teriam repassado o dinheiro ao PT.
"Toninho da Barcelona" disse aos parlamentares das três CPIs que entregou à Polícia Federal (PF) todas as informações que permitirão o rastreamento das contas de "Ernesto" no exterior. "Toninho da Barcelona" afirmou também que fez depósitos numa conta do partido, mas não soube precisar o valor nem qual era a conta.