Distribuidoras acreditam em aumento no preço da gasolina nas bombas

O Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom) elogia a decisão do governo de reduzir de 25% para 20% o percentual de adição do álcool combustível à gasolina, mas dá como certa o aumento do preço da gasolina nas bombas para o consumidor final. A entidade ainda não tem o cálculo exato sobre o novo preço.

"O governo utilizou a ferramenta de que dispunha para tentar regular a demanda do álcool no país e equacionar as conseqüentes elevações de preços. A decisão do governo pela redução foi adequada. Agora, isso implicará sem dúvida em um impacto nos preços da gasolina nas bombas", o vice-presidente do Sindicom, Alísio Vaz, em entrevista à Agência Brasil.

O diretor do Sindicom afirmou que as avaliações que estão sendo feitas apontam para a probabilidade "muito grande" de faltar álcool nos postos. "Então não existe outra ferramenta de momento com efeito tão eficaz, até porque o governo não pode deixar de usá-las uma vez que o cenário é este: falta de álcool. Então, você reduz a demanda reduzindo o teor de álcool.

O dirigente lembra que mesmo que o álcool for comercializado um pouco acima dos R$ 1,05 acertado entre governo e usineiros, ele continua mais barato do que a gasolina. "Então, isto fará com que, ao aumentar o teor da gasolina pura [ chamada de gasolina A, que, após a mistura, se transforma na gasolina do tipo C], haja também uma elevação do preço de custo da gasolina que chega aos postos. E este aumento será sim também repassado ao consumidor final".

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