Brasília – O Brasil pretende implementar no Sistema Único de Saúde (SUS) o programa de Atenção Farmacêutica. Para isso, discute com profissionais da área, inclusive de outros países, métodos já utilizados para orientar os pacientes a tomarem os remédios receitados pelos médicos. O debate é tema do 1º Seminário Internacional de Atenção Farmacêutica que começou ontem (24), em Brasília, e termina sábado (27).
Segundo o assessor técnico do departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, Divaldo Lira, o intuito do seminário é promover o intercâmbio de experiências nacionais e internacionais nessa área.
"A prática, nova no mundo inteiro, tem o objetivo de inserir o farmacêutico na equipe, junto ao médico, junto ao enfermeiro, de modo que ele seja participante no processo e sirva como mais uma barreira para que o paciente não tenha danos por causa do medicamento".
Ele diz que, na maioria das vezes, as pessoas se consultam com médicos diferentes. Mas na hora de comprar o remédio, procuram a mesma farmácia ou posto de saúde. Nesses locais, o farmacêutico orienta os pacientes quanto ao uso do remédio recomendado, além de compará-lo a medicamentos prescritos anteriormente.
Na avaliação dele, a iniciativa de incluir a assistência farmacêutica no SUS vai ajudar os pacientes a se medicarem de forma segura e evitar que eles tomem remédios fora de hora, com alimentos inadequados e em doses elevadas, por exemplo.
Ele ressaltou, no entanto, que o acompanhamento pelo farmacêutico não vai substituir o de nenhum profissional de saúde, mas sim, atender os pacientes que abandonam o tratamento por falta de informações. "Principalmente pacientes de áreas essenciais como Aids, tuberculose, hipertensão, diabetes e doenças sexualmente transmissíveis".
Participam do seminário dirigentes do Ministério da Saúde; profissionais de saúde de Cuba, Argentina, Espanha e Estados Unidos; gestores e profissionais farmacêuticos do SUS; representantes de universidades, e estudantes.