Discurso de Lula deve renovar mensagem de combate à fome, diz Amorim

Nova York – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega nesta segunda-feira (18) à noite a Nova York. Amanhã (19), o presidente discursa na abertura da Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU). Tradicionalmente, é o representante brasileiro quem abre a parte de discursos de representantes dos países membros da assembléia.

Segundo o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, no discurso, o presidente deverá renovar a mensagem social de combate à fome e à pobreza. De acordo com o ministro, Lula também deverá abordar temas como a reforma da ONU e a questão da Organização Mundial do Comércio (OMC). 

O presidente participará ainda, em Nova York, do lançamento da Central Internacional de Medicamentos, que vai comprar remédios mais baratos contra a aids, malária e tuberculose para ajudar os países pobres. Em seu último compromisso na cidade, Lula vai receber o prêmio de Estadista do Ano, da Fundação Apelo à Consciência, uma organização não-governamental (ONG) que defende os direitos humanos e a liberdade religiosa.

Nesta segunda-feira (18), o ministro Celso Amorim comparou o significado da Assembléia Geral da ONU ao de uma grande feira para um homem de negócios. Segundo ele, as reuniões tradicionais na ONU são uma oportunidade para discutir temas de interesse entre os países. Além dos assuntos discutidos no plenário, disse ele, há contatos bilaterais em que se estabelece o apoio em votações e também negócios.

"Hoje, por exemplo, comecei o dia me encontrando com [representantes de] cinco países que têm sido convidados para as reuniões do G8 [grupo dos sete países mais industrializados no mundo, mais a Rússia]".

Amorim ressaltou a importância de se coordenarem, nesses encontros, posições em áreas como a de mudança de clima e energia. "O Brasil tem muito interesse, principalmente por causa dos biocombustíveis, e eu pude lever adiante essa idéia de incluir os biocombustíveis num encontro que vai se realizar no México, no mês que vem, sobre mudança climática. Entre outros assuntos, falamos também sobre reforma da ONU?, acrescentou o chanceler.

Ele se encontrou nesta segunda-feira (18) com com os chanceleres de Cingapura, Geroge Young Boon Yeo; do Egito, Harmed Aboul Gheit; da Coréia do Sul, Bam Ki-Moon; do México, Luis Ernesto Derbez; da Índia, Anand Sharma; da China, Li Zhaoxing; e da Äfrica do Sul, Nkosazana Dlamini-Zuma. Assim como Brasil, esses países acompanharam como convidados a reunião do G8, o grupo dos mais ricos, realizada este ano na Rússia.

Voltar ao topo