Dirceu é chamado para falar na CPI dos Bingos

O deputado José Dirceu (PT-SP) foi convocado hoje, novamente, para depor, desta vez na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos. O requerimento aprovado pela CPI foi apresentado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR) e pede que Dirceu seja ouvido como suspeito de ter conhecimento das "atividades ilícitas" atribuídas ao ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz na renovação do contrato das loterias da Caixa Econômica Federal (CEF) com a multinacional Gtech do Brasil.

Dias cita ainda uma possível ligação do deputado do PT de São Paulo com Diniz no episódio em que ele tentou extorquir o empresário de jogos Carlos Augusto Ramos, o "Carlinhos Cachoeira", quando presidia a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj) no governo Benedita da Silva (PT).

A data do testemunho não foi marcada. Dirceu também aguarda a CPI dos Correios acertar o dia em que deporá sobre o esquema do "mensalão" e dos empréstimos feitos pelo partido por intermédio das empresas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Para aprofundar as investigações sobre as extorsões que teriam sido feitas pelo ex-subchefe de Assuntos Parlamentares da Casa Civil, a CPI dos Bingos também convocou, por iniciativa do senador Tião Viana (PT-AC), a governadora do Rio, Rosinha Garotinho (PMDB), que o manteve no comando da Loterj, e do marido dela e secretário de Governo e Coordenação do Estado, Anthony Garotinho.

Na mesma linha de apuração, foram convocados Benedita e o diretor-presidente do Banco Popular do Brasil, Geraldo Magella, cuja campanha ao governo do Distrito Federal, em 2002, recebeu, segundo Diniz, R$ 100 mil de "Carlinhos Cachoeira".

A CPI requereu ainda informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre 14 cidadãos e sete empresas suspeitos de terem atuado na renovação do contrato da Gtech com a Caixa. Pediu ainda à Receita Federal que realize uma auditoria nas contas do advogado Rogério Buratti, dos irmãos dele Rosângela e Renato Buratti e nas empresas da família.

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