Dilma cobra responsabilidade de parlamentares na aprovação do Orçamento

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, considera que será "gravíssimo" se o Congresso não aprovar o Orçamento de 2006 ainda este ano e cobrou responsabilidade dos parlamentares do governo e da oposição nesse processo. "Acho gravíssimo a não aprovação do orçamento. Porque orçamento não é um capricho do governo, mas é peça que baseia o gasto necessário de ser feito para toda sociedade, tanto em investimentos quanto na chamada despesa corrente", afirmou ela ontem (8) à noite. Dilma teve encontro com economistas gaúchos, em um hotel de Porto Alegre, onde recebeu o Prêmio Economista do Ano, do Conselho Regional de Economia.

Dilma lembrou que um problema na aprovação do Orçamento pode desencadear conseqüências na administração pública de todo o país. "Por exemplo, a transferência do Sistema Único de Saúde-SUS tem uma parte expressiva, é despesa corrente, tem que ser passada, assim como também a parte da educação", disse.

Ela destacou ainda o possível prejuízo para os beneficiados pelos programas federais da área social. "No Bolsa Família, são 32 milhões de brasileiros beneficiados. Tornar impeditivo, não dar prosseguimento à discussão do orçamento, é grave.Tanto oposição como situação têm responsabilidade na peça orçamentária", afirmou.

A ministra prevê que a economia brasileira deverá crescer pelo menos 4,5% no próximo ano. Ela considera inaceitável um número inferior: "Dificilmente não teremos um crescimento acima de 4,5%". A única hipótese de isso não acontecer, disse ela, é no caso de algum abalo externo na economia, o que, explicou, é pouco provável, porque existe uma situação internacional "tranqüila" e "muito favorável", "com crescimento do comércio internacional e taxas de juros bastante razoáveis".

Dilma admitiu que o governo está preocupado com a questão do câmbio, mas avaliou que uma intervenção do Banco Central não resolveria o problema. De acordo com ela, há sinalização de que o BC poderá reduzir as taxas de juros, uma vez que a inflação está controlada e o cenário internacional é favorável.

Voltar ao topo