Desvalorização do dólar não afeta meta das exportações, diz secretário

Rio de Janeiro – A desvalorização do dólar norte-americano frente ao real não gerou mudança na meta de exportações brasileiras para este ano, que continua sendo de U$ 152 bilhões. O montante corresponde a um crescimento em torno de 10,8% em comparação com 2006.

"É um crescimento bastante razoável, que certamente será alcançado, até porque, nos quatro primeiros meses do ano, o crescimento já chegou a 18%", disse o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho. "Na verdade, os números já efetivados da exportação brasileira neste ano estão, inclusive, acima  da nossa meta, que é de 10,8%?.

Ramalho lembrou que o Brasil é um grande exportador de commodities e também  de produtos manufaturados, que respondem a 50% da exportação brasileira.

Ele analisou que parte expressiva do crescimento das exportações nos últimos anos decorreu da diversificação de mercados, apesar de os Estados Unidos continuarem sendo o principal parceiro comercial brasileiro, respondendo por quase 20% do total das vendas ao mercado internacional. "Mais de 80% da exportação brasileira está distribuída por uma centena de países. O processo de diversificação foi muito expressivo?.

No que se refere à importação, Ramalho destacou que a maioria das operações está vinculada à produção. O Brasil, acrescentou, ainda é um importador relativamente modesto de bens de consumo. ?As importações de bens de consumo respondem hoje a aproximadamente 13% do total em valor. O restante é importação vinculada à produção?.

Cerca de 50% de tudo que o Brasil importa é formado por insumos e matéria-primas, que são comprados pela própria indústria para produzir bens que são vendidos tanto no mercado interno como. Segundo ele, 20% das importações são máquinas e equipamentos, ou seja, bens de capital, também adquiridos pela indústria para modernização do parque produtivo.

Bens de consumo concentram 13% das importações, fora um pequeno percentual referente a petróleo e derivados. Ramalho afirmou que as importações de bens de consumo estão crescendo, principalmente nos setores de confecções e calçados.

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