Deputados podem absolver colega em nova ‘pizza’ de CPI

O plenário da Câmara dos Deputados deverá absolver amanhã mais um parlamentar petista envolvido com o mensalão. Agora, é a vez de Josias Gomes da Silva (PT-BA), que admitiu ter recebido R$ 100 mil das contas do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza no Banco Rural, agência do Brasília Shopping. Se a previsão de absolvição for mesmo confirmada, Josias será o décimo acusado pela CPI dos Correios a salvar o pescoço.

De atuação apagada, Josias é pouco conhecido. Mas o PT acha que ele se livrará porque terá um argumento muito forte: sua boa-fé. "Não resta dúvida de que o deputado Josias agiu de boa-fé. Tanto é que para receber o dinheiro entregou cópia de sua própria carteira de parlamentar", disse o presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP). Em sua defesa, Josias disse ao Conselho de Ética que recebeu o dinheiro no Banco Rural por indicação do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, depois de pedir auxílio financeiro para a campanha de 2004.

Até agora livraram-se da perda do mandato nos processos por quebra de decoro parlamentar os deputados João Magno (PT-MG), João Paulo Cunha (PT-SP), José Mentor (PT-SP), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFL-MG), Romeu Queiroz (PTB-MG), Sandro Mabel (PL-GO) e Wanderval Santos (PL-SP).

Cassados foram apenas três: José Dirceu (PT-SP), Pedro Correa (PP-PE) e Roberto Jefferson (PTB-RJ). Renunciaram para fugir do processo de cassação os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PL-SP) Carlos Rodrigues (sem partido-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Paulo Rocha (PT-PA). Depois de Josias, irão a julgamento José Janene (PP-PR) e Vadão Gomes (PP-SP), os dois últimos.

Voltar ao topo