Depois da aftosa, defesa sanitária poderá ter R$ 78 milhões

Brasília – Devido ao surgimento do foco de febre aftosa no estado do Mato Grosso do Sul, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento pediu à área econômica do governo a liberação de R$ 78 milhões para a área de defesa sanitária, que estão contingenciados. A informação é ministro Roberto Rodrigues. Segundo ele, inicialmente o volume de recursos destinados à área este ano era de R$ 169 milhões.

"Em função dessa emergência que surgiu estamos solicitando que, na verdade, sejam descontigenciados 100% do orçamento inicial do ministério, ou seja, R$ 169 milhões. Isso significa que, se temos hoje R$ 91 milhões de recursos liberados, estamos pleiteando mais R$ 78 milhões, que iriam para ajudar os estados a criar mais força de ação no foco específico e, ao mesmo tempo, aproveitar para melhorar as nossas condições laboratoriais que são essenciais para as análises daqui pra frente", explicou.

Segundo o ministro, "há uma decisão do presidente da República para que seja rápido esse processo de liberação, para podermos cuidar desse acidente com rapidez". Roberto Rodrigues, após reunião com o governador do Mato Grosso do Sul, José Orcílio dos Santos, o Zeca do PT, avaliou que "os reflexos são tremendos, temos que correr atrás do prejuízo e resolver".

Segundo o secretário de Produção do estado, Dagoberto Nogueira, que também participou do encontro, até agora, os estados de Goiás, Paraná, Santa Catarina e São Paulo fecharam as divisas para a entrada de bovinos, de carne processada e outros produtos de origem animal, como leite. "O que é importante para nós, neste primeiro momento, é São Paulo abrir. Se São Paulo abrir, resolve o problema econômico do Mato Grosso do Sul, porque a nossa carne sai uma quantidade muito grande para São Paulo, não só para industrializar, mas também para o consumo interno".

O ministro Roberto Rodrigues disse que a proibição será um dos assuntos de reunião marcada para amanhã (14), às 10h. Foram convidados os secretários de Agricultura de todo o país e representantes de institutos estaduais de defesa agropecuária. "Vamos discutir amanhã com os secretários de agricultura, inclusive de São Paulo, que fechou para a entrada de carne de Mato Grosso do Sul, de leite também, então se cria um problema de desequilíbrio regional que tem que ser discutido amanhã".

Ao ser questionado por jornalistas sobre a possibilidade de haver exagero na proibição, o ministro disse: "Não quero achar nada. Quero ter tudo tecnicamente definido, explicado, as questões técnicas têm que ser esclarecidas, para que a gente tenha todas a clareza das ações".

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