Delegada diz que recebeu recado do celular de Ubiratan

A delegada da Polícia Federal no Pará Renata Santos Madi voltou a negar nesta quarta-feira (13) qualquer envolvimento amoroso com o coronel e deputado estadual Ubiratan Guimarães, assassinado na noite de sábado em seu apartamento, em São Paulo. Ela disse que conhecia o coronel há seis anos por ambos pertencerem a um clube de tiro. Renata também disse que conhecida pessoalmente a namorada dele, a advogada Carla Cepollina, com quem nunca teria se desentendido. Segundo a policial, às 18h54 de sábado ela recebeu uma mensagem de texto do celular do coronel, mas cujo conteúdo não foi revelado pelo delegado Uálame Filho. Ele disse apenas que a mensagem "não continha nada de comprometedor".

Às 19h05, Renata telefonou para o celular de Guimarães, atendido por Carla. O objetivo de Renata era falar com o coronel. A advogada informou que ele estava dormindo e que iria acordá-lo. Segundo Renata, ela falou com Guimarães e perguntou se ele havia mandado para ela a mensagem de texto, obtendo resposta negativa. O coronel achou estranho e prometeu a Renata que iria averiguar o que havia acontecido. Ele disse que retornaria a ligação mais tarde, mas não o fez. A delegada relatou ainda que cerca de duas horas depois tentou por várias vezes falar com o coronel, mas não conseguiu. O celular, desta vez, estava desligado e o telefone convencional não atendia. Por volta de 21 horas, após nova tentativa, o telefone do apartamento de Guimarães foi atendido.

A voz era de Carla. Renata perguntou pelo coronel e obteve como resposta que ele não iria atender, porque naquele momento ambos estavam travando uma discussão. Em seguida, a advogada colocou o telefone perto de um aparelho de som, que tocava uma música com o volume alto. Minutos depois, Renata insistiu com nova ligação. O telefone, desta vez, dava sinal de ocupado. A delegada disse que desistiu de fazer novas ligações e que só veio a saber do crime no domingo, por intermédio de um coronel da PM de São Paulo, amigo comum dela e de Guimarães.

O delegado Uálame Fialho informou que o celular de Renata já foi periciado. As transcrições das ligações feitas para Guimarães conferem com o que Renata disse em seu depoimento.

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