Delcídio pode se afastar da liderança do PT para dar mais atenção à CPI dos Correios

O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga a corrupção nos Correios, senador Delcídio Amaral (PT/MS), afirmou hoje (27) que estuda uma alternativa para afastar-se de tarefas exigidas pela liderança do partido no Senado e dedicar-se mais aos trabalhos da comissão, sem contudo desligar-se totalmente do cargo de líder.

Na Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro, Amaral levantou a possibilidade de descentralizar seu poder e dar mais autonomia aos três vice-líderes, "para que operem a bancada não só nas comissões temáticas do Senado, mas também em plenário".

"Eu tenho dificuldades no meu papel de líder, porque tenho que cumprir plenário, tenho que cobrir as comissões temáticas e, ao mesmo tempo, estudar os depoimentos, os inquéritos da Polícia Federal e do Ministério Público, da Controladoria, tenho que estudar os contratos dos Correios. Então, eu fico sobrecarregado", explica.

Amaral diz que vai conversar ainda hoje com a bancada para ver como as mudanças podem ser feitas de forma a não prejudicar o desempenho da bancada: "Vamos buscar uma solução". Ele ressalta que tomará uma decisão "de comum acordo com a bancada do PT".

O líder afirma ainda que o partido nunca assumiu com ele nenhum posicionamento de modo a convencê-lo a sair da liderança. "Mas eu não quero, também, em um momento como esse, criar qualquer tipo de obstáculo para a bancada operar com consistência, consciente de tudo o que está acontecendo e com orientação".

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