Déficit habitacional

O déficit habitacional brasileiro é uma conta que somente vai fechar daqui a 16 anos. O horizonte distante e sombrio foi desenhado pela Secretaria da Habitação do Ministério das Cidades, órgão público federal encarregado de cuidar desse importante setor da gestão pública.

Segundo as projeções oficiais, faltam exatamente sete milhões de moradias populares para atender a carência da população nesse item, mas no ritmo dos gastos da união, estados e municípios para equacionar o problema, tetos em quantidade suficiente para cobrir toda a demanda só em 2023!

Para o próximo exercício, a Secretaria da Habitação disporá de cerca de R$ 1,2 bilhão oriundo do FGTS e outras rubricas orçamentárias para o setor habitacional, no qual 92% do déficit conhecido pelo governo está situado na população de baixa renda. Para eliminar gradativamente o imenso borrão, foi criado em agosto último o Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social, com o objetivo fundamental de compatibilizar a atuação das três esferas governamentais.

A falta de moradia decente é um dos nós na evolução do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), no qual o Brasil ocupa a 89.ª posição no ranking estabelecido pela ONU. Saneamento básico, saúde, educação, emprego e renda são os outros parâmetros que medem a qualidade de vida das populações, nos quais o país é também devedor de elevada fatura. Avançar é preciso.

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