Decolagens de vôos em Brasília continuam em atraso

As retenções e atrasos de decolagens de vôos no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, voltaram a se repetir neste sábado (28). Até às 11 horas da manhã, a assessoria da Infraero estimava que pelo menos 32 vôos tinham demorado, em média, cerca de uma hora para partirem com destino a cidades das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Ontem, o aeroporto da capital federal, o terceiro em movimento de passageiros do país, já havia vivido um verdadeiro caos, com 49 vôos prejudicados em seus horários de decolagem ao longo de todo o dia.

Por causa da longa espera dos passageiros e da saturação das instalações do aeroporto ocorrida ontem, a direção da Infraero resolveu reforçar alguns serviços neste sábado. "Estamos de prontidão e pedimos a ampliação de servidores da Infraero de plantão neste final de semana para melhor atender o público", contou o presidente da estatal, brigadeiro José Carlos Pereira.

A Infraero é responsável pelas instalações físicas de 68 aeroportos do País, mas as autorizações para pousos e decolagens cabem ao Departamento de Controle de Tráfego Aéreo da Aeronáutica. A estratégia de atrasar e suspender as partidas dos aviões com destino ao Sul e Sudeste está sendo adotada pela Aeronáutica para evitar sobrecarga dos controladores de tráfego. Por segurança, a norma internacional determina que cada controlador não monitore mais de 14 aviões simultaneamente.

Os setores de controle próximos à capital federal, segundo o governo, estão apresentando os maiores problemas de congestionamento no último mês. Há denúncias, no entanto, de que os militares do controle aéreo estariam fazendo uma "greve branca" por melhores condições de trabalho. O comando da Aeronáutica, entretanto, nega essa versão.

Para as autoridades, dois fatores estão provocando o risco de saturação nas proximidades do Distrito Federal: a falta de oito operadores afastados durante as investigações do episódio da queda do Boeing da Gol, que matou 154 pessoas no dia 29 de setembro, e um excepcional aumento de aviões de pequeno porte sobrevoando a região central do País.

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