Curitiba se organiza para o dia de mobilização contra a aids

A população curitibana está se organizando para participar do Dia de Mobilização Contra a Aids que a Prefeitura de Curitiba está preparando para o sábado (8). Das 8h às 17h, vinte e seis unidades de saúde farão testes rápidos, indolores, gratuitos e sigilosos para detectar o vírus HIV. Todas as pessoas, a partir de 14 anos, podem fazer o teste.

Um grupo de universitários que se reúne semanalmente no bairro Parolin está entre as pessoas que já colocaram o compromisso na agenda. O estudante de Administração Felipe Rorato, de 21 anos, faz parte do grupo de aproximadamente vinte jovens que irão juntos até a Unidade de Saúde Ouvidor Pardinho, na Regional Matriz, para fazer o teste. "É uma idéia boa, inovadora, que vai facilitar a vida das pessoas. Eu recomendo inclusive para as pessoas mais velhas, que ainda acham que isso não é necessário", diz Rorato, que se reunirá com os amigos nesta quinta-feira (6) para decidir o horário em que deverão se encontrar na unidade de saúde.

Moradores do Parolin estão sendo alertados para a importância da campanha com a ajuda do Centro de Convivência Menina Mulher (CCMM), organização não-governamental instalada no bairro que oferece atividades socioeducativas para adolescentes no contraturno escolar. "Essa campanha é muito oportuna porque complementa o trabalho de prevenção que fazemos aqui", diz a assistente social Kátia Kaplum.

Segundo Kátia, os moradores ficaram curiosos para saber o motivo da rapidez do resultado do teste. Muitos já sabiam que, de acordo com a rotina adotada até então pelas unidades de saúde, o resultado demorava alguns dias para ser entregue. "Quando souberam que é por causa da técnica nova de diagnóstico que está sendo lançada em Curitiba, ficaram confiantes", diz ela.

O gerente comercial e voluntário de uma organização não-governamental Thiago Soares, de 21 anos, aceitou fazer o teste tão logo ficou sabendo da campanha. "Claro que vou fazer e acho que todos devem fazer o mesmo. A campanha é para todos indistintamente e uma boa oportunidade para deixar de lado o preconceito", afirma Soares

Aos 53 anos, a dona de casa Rosemari Knauer já fez o teste mas garante que vai participar da campanha para dar exemplo. Ela já perdeu um genro por causa da síndrome "É muito duro, mas a gente tem que lutar para que não aconteça com outras pessoas", diz Rosemari.

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