Dois jovens foram presos por investigadores da Delegacia de Furtos e Roubos (DFR), na manhã de ontem, suspeitos de vender maconha na porta de uma escola, em Pinhais. Adriano Prestes Medeiros, 22 anos, e o amigo Lucas Delfes Nass, 19, foram flagrados com 2,3 quilos de maconha e autuados em flagrante por tráfico de entorpecente.
O delegado Guilherme Rangel explicou que os investigadores estavam atrás de uma quadrilha de receptadores do Jardim Atuba. Ao passar em frente a uma escola, na Rua Isaac Victor Pereira, desconfiaram de Adriano. “Os policiais fizeram a abordagem e encontraram com ele cerca de 280 gramas da droga. Imediatamente, ele assumiu que vendia maconha para os alunos”, contou o delegado.
Aluno
O rapaz declarou que contava com a ajuda de Lucas, aluno da escola, e tinha facilidade de entrar e sair quando quisesse, sem levantar suspeita. “Encontramos na casa de Lucas, no guarda-roupa, mais dois quilos de maconha e uma balança de precisão. Ele tinha uma lata cheia de moedas, supostamente recebidas como parte do pagamento pela droga”, disse o delegado.
A escola funciona nos três turnos e, segundo o relato de testemunhas, Adriano costumava ser visto na região. “A maior parte das vendas acontecia à noite, mas temos informações que ele também passava boa parte do dia na frente da escola”, revelou Guilherme.
Porta
O delegado, que durante alguns meses atuou na Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), disse que a maconha pode ser a “porta de entrada” para drogas mais fortes e para o submundo do tráfico. “Nem todos os usuários de cocaína ou de crack começaram fumando maconha, mas esta droga, apesar de menos nociva, pode ser um incentivo ao usuário querer algo mais forte”, explicou.
Apesar de não viciar tão fortemente quanto o crack, a erva faz com que o usuário conheça o submundo do tráfico. “A droga é diferente, mas o traficante é o mesmo. A maconha é vendida no mesmo mocó frequentado por usuários de crack”, alertou o delegado.
Confira o vídeo dos dois presos.