Esperançoso

“Tem tudo para dar certo”, diz pediatra que tomou vacina contra a covid-19 em Curitiba

Pediatra Dorivam Nogueira, 76 anos, recebe vacina contra a covid-19 em Curitiba. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

O pediatra Dorivam Celso Nogueira, de 76 anos, tem cumprido o isolamento de forma impecável, mas resolveu ir até o Parque Barigui nesta segunda-feira (25) por uma boa causa. Ele e mais outros profissionais da saúde foram até o Pavilhão da Cura para tomar a primeira dose da vacina contra o coronavírus.

“Eu fui muito bem assistido, pessoal foi ótimo. Eu só tenho elogios ao pessoal que me atendeu”, elogiou o médico, que chegou ao pavilhão e recebeu a vacina sem espera. Com 50 anos de profissão, o pediatra está esperançoso com a imunização. “Diante da situação que estamos vivendo hoje, a vacina tem tudo para dar certo. Se você comparar com outras vacinas, como a Sabin, vai perceber que as vacinas da covid-19 foram melhor estudadas”, explicou.

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Dorivam Nogueira foi atendido no Pavilhão da Cura para receber vacina contra a covid-19. Foto: Átila Alberti / Tribuna do Paraná.

Dorivam Nogueira atua como pediatra na UPA do Boqueirão, mas foi afastado durante a pandemia por causa da idade e por ter doenças de risco para a covid-19. Ele trabalha ao lado do médico Jamal Munir Bark, de 59 anos, um dos primeiros médicos de Curitiba a ser internado numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com coronavírus. Jamal Bark saiu da UTI e venceu a doença após passar 40 dias internado.

Enquanto a vacina não chega a todos, o pediatra espera que a pandemia volte a diminuir e fazer menos vítimas. “Eu estou achando que estamos numa fase muito ruim, estamos com 600 a 100 óbitos no Brasil por dia. Isso é bastante mesmo. E parece que não se vê a pressa. As pessoas vão para a balada, para a festa, aniversário, casamento, churrascada. A propagação é muito grande. As pessoas precisam se conscientizar mais, fazer o dever de casa”, alertou.

Primeira etapa da vacinação

O pediatra Dorivam Nogueira faz parte dos grupos prioritários que deverão receber a vacina nos próximos dias, pois ele trabalha em uma das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Curitiba. São prioridade na vacinação moradores e funcionários de casa de longa permanência, indígenas, profissionais da saúde da linha de frente e equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), além de profissionais de remoção médica particulares.