Luto e protesto

Sinclapol segue nesta segunda-feira com a campanha “Inferno Carcerário”

O Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) continua hoje com a campanha “Inferno Carcerário”. A partir das 14h, o sindicato estará na Câmara Municipal de Curitiba (CMC) para uma audiência pública, discutindo soluções para a superlotação carcerária nas delegacias e o desvio de função de policiais, que ao invés de estarem investigando crimes, acabam inertes cuidando de presos. O trato com os presos não só desvia os policiais de suas tarefas, como também os coloca em riscos diversos, como aconteceu com o superintendente da delegacia de Campo Largo, Marcos Gogola. Quinta-feira, ele escoltava um preso para uma consulta no dentista, quando marginais arrebataram o preso e mataram Gogola a tiros.

Também foram convidadas diversas autoridades para a audiência, entre elas a secretária da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, o procurador-geral da Justiça, Gilberto Giacóia, o delegado-geral da Polícia Civil, Riad Braga Farhat, além de outras lideranças das áreas de segurança pública e jurídica.

Protesto

Após o sepultamento de Gogola, que ocorreu na manhã de sexta-feira no Cemitério Municipal do Água Verde, os policiais saíram em carreata até a Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (Seju), onde promoveram um sirenaço em protesto. Depois foram até a sede do Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) e a Seju se manifestaram sobr eos protestos. Entre outros tópicos, disseram que a escolta de presos é de responsabilidade da Polícia Militar, conforme uma resolução do ano passado, e que um grupo de trabalho está encarregado, desde o início do ano, de criar um grupo armado especializado em guarda e escolta de presos em delegacias, sob responsabilidade da Seju. Esforços que já tem sido feitos reduziram em 67% o excesso de presos nas delegacias.